1568 lines
123 KiB
Plaintext
1568 lines
123 KiB
Plaintext
\id MAT
|
||
\ide UTF-8
|
||
\sts Bíblia Livre - Nestle 1904
|
||
\h Mateus
|
||
\toc1 Evangelho Segundo Mateus
|
||
\toc2 Mateus
|
||
\toc3 mat
|
||
\mt1 Evangelho Segundo Mateus
|
||
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 1
|
||
\p
|
||
\v 1 Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
|
||
\v 2 Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos.
|
||
\v 3 E Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom, e Esrom gerou a Arão.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom.
|
||
\v 5 E Salmom gerou de Raabe a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé.
|
||
\v 6 E Jessé gerou ao rei Davi; e Davi gerou Salomão da que fora mulher de Urias.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa.
|
||
\v 8 E Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias.
|
||
\v 10 E Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias.
|
||
\v 11 E Josias gerou a Jeconias, e a seus irmãos no tempo do exílio babilônico.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E depois do exílio babilônico Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel.
|
||
\v 13 E Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor.
|
||
\v 14 E Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E Eliúde gerou a Eleazar; e Eleazar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó.
|
||
\v 16 E Jacó gerou a José, o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado o Cristo.
|
||
\v 17 De maneira que todas as gerações desde Abraão até Davi são catorze gerações; e desde Davi até o exílio babilônico catorze gerações; e desde o exílio babilônico até Cristo catorze gerações.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando sua mãe Maria desposada com José, antes que se ajuntassem, ela foi achada grávida do Espírito Santo.
|
||
\v 19 Então José, seu marido, sendo justo, e não querendo a expor à infâmia, pensou em deixá-la secretamente.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E ele, pretendendo isto, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está concebido é do Espírito Santo.
|
||
\v 21 E ela dará à luz um filho, e tu chamarás seu nome Jesus; porque ele salvará seu povo de seus pecados.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse:
|
||
\v 23 Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamarão seu nome Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E despertando José do sonho, fez como o anjo do Senhor tinha lhe mandado, e recebeu sua mulher.
|
||
\v 25 E ele não a conheceu intimamente, até que ela deu à luz um filho, e lhe pôs por nome JESUS.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 2
|
||
\v 1 E sendo Jesus já nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém,
|
||
\v 2 Dizendo: Onde está o Rei nascido dos Judeus? Porque vimos sua estrela no oriente, e viemos para adorá-lo.
|
||
\v 3 E o rei Herodes, ao ouvir isto, ficou perturbado, e com ele toda Jerusalém.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E tendo reunido todos os chefes dos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde o Cristo havia de nascer.
|
||
\v 5 E eles lhe disseram: Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo profeta:
|
||
\v 6 E tu Belém, terra de Judá, de maneira nenhuma és a menor entre as lideranças de Judá, porque de ti sairá o Guia que apascentará meu povo Israel.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Então Herodes, chamando secretamente os magos, perguntou-lhes com precisão sobre o tempo em que a estrela havia aparecido.
|
||
\v 8 E enviando-os a Belém, disse: Ide, e investigai cuidadosamente pelo menino; e quando o achardes, avisai-me, para que também eu venha e o adore.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Depois de ouvirem o rei, eles foram embora. E eis que a estrela que tinham visto no oriente ia adiante deles, até que ela chegou, e ficou parada sobre onde o menino estava.
|
||
\v 10 E eles, vendo a estrela, jubilaram muito com grande alegria.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E entrando na casa, acharam o menino com sua mãe Maria, e prostrando-se o adoraram. E abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso, e mirra.
|
||
\v 12 E sendo por divina revelação avisados em sonho que não voltassem a Herodes, partiram para sua terra por outro caminho.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito; e fica lá até que eu te diga, porque Herodes buscará o menino para o matar.
|
||
\v 14 Então ele se despertou, tomou o menino e sua mãe de noite, e foi para o Egito;
|
||
\v 15 E esteve lá até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: Do Egito chamei o meu Filho.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, irou-se muito, e mandou matar todos os meninos em Belém e em todos os limites de sua região, da idade de dois anos e abaixo, conforme o tempo que tinha perguntado com precisão dos magos.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que disse:
|
||
\v 18 Uma voz se ouviu em Ramá, choro, e grande pranto; Raquel chorava por seus filhos, e não quis ser consolada, pois já não existem.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas depois de Herodes ter morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu no Egito a José em sonho,
|
||
\v 20 Dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel, porque já morreram os que procuravam a morte do menino.
|
||
\v 21 Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, e veio para a terra de Israel.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Porém ao ouvir que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, ele teve medo de ir para lá; mas avisado por divina revelação em sonho, foi para a região da Galileia,
|
||
\v 23 E veio a habitar na cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas, que: Ele será chamado de Nazareno.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 3
|
||
\v 1 E naqueles dias veio João Batista, pregando no deserto da Judeia,
|
||
\v 2 E dizendo: Arrependei-vos, porque perto está o Reino dos céus.
|
||
\v 3 Porque este é aquele que foi declarado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor; endireitai suas veredas”.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Este João tinha sua roupa de pelos de camelo e um cinto de couro ao redor de sua cintura, e seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.
|
||
\v 5 Então vinham até ele moradores de Jerusalém, de toda a Judeia, e de toda a região próxima do Jordão;
|
||
\v 6 E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Mas quando ele viu muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: Ninhada de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira futura?
|
||
\v 8 Dai, pois, fruto condizente com o arrependimento.
|
||
\v 9 E não imagineis, dizendo em vós mesmos: “Temos por pai a Abraão”, porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E agora o machado está posto à raiz das árvores; portanto toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
|
||
\v 11 Realmente eu vos batizo com água para arrependimento, mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; suas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
|
||
\v 12 Ele tem sua pá na mão; limpará sua eira, e recolherá seu trigo no celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Então Jesus veio da Galileia ao Jordão até João para ser por ele batizado.
|
||
\v 14 Mas João lhe impedia, dizendo: Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
|
||
\v 15 Porém Jesus lhe respondeu: Permite por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E tendo Jesus sido batizado, subiu logo da água. E eis que os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba, vindo sobre ele.
|
||
\v 17 E eis uma voz dos céus, dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 4
|
||
\v 1 Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo.
|
||
\v 2 E depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
|
||
\v 3 E o tentador se aproximou, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, dize que estas pedras se tornem pães.
|
||
\v 4 Mas Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Então o diabo o levou consigo à santa cidade, e o pôs sobre o ponto mais alto do Templo,
|
||
\v 6 E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te abaixo, porque está escrito que: Mandará a seus anjos acerca de ti, e te tomarão pelas mãos, para que nunca com teu pé tropeces em pedra alguma.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Jesus lhe disse: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
|
||
\v 8 Outra vez o diabo o levou consigo a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo, e a glória deles,
|
||
\v 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Então Jesus disse: Vai embora, Satanás! Porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele cultuarás.
|
||
\v 11 Então o diabo o deixou; e eis que chegaram anjos, e o serviram.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Mas quando Jesus ouviu que João estava preso, voltou para a Galileia.
|
||
\v 13 E deixando Nazaré, veio a morar em Cafarnaum, cidade marítima, nos limites de Zebulom e Naftali,
|
||
\s5
|
||
\v 14 para que se cumprisse o que foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse:
|
||
\v 15 A terra de Zebulom e a terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios;
|
||
\v 16 O povo sentado em trevas viu uma grande luz; aos sentados em região e sombra da morte, a luz lhes apareceu.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Desde então Jesus começou a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque perto está o Reino dos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Enquanto Jesus andava junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, lançarem a rede ao mar, porque eram pescadores.
|
||
\v 19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de gente.
|
||
\v 20 Então eles logo deixaram as redes e o seguiram.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E passando dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, em um barco, com seu pai Zebedeu, que estavam consertando suas redes; e ele os chamou.
|
||
\v 22 E eles logo deixaram o barco e seu pai, e o seguiram.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E Jesus rodeava toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando toda enfermidade e toda doença no povo.
|
||
\v 24 Sua fama corria por toda a Síria, e traziam-lhe todos que sofriam de algum mal, tendo diversas enfermidades e tormentos, e os endemoninhados, epiléticos, e paralíticos; e ele os curava.
|
||
\v 25 E muitas multidões da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia, e dalém do Jordão o seguiam.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 5
|
||
\v 1 E quando Jesus viu as multidões, subiu a um monte; e sentando-se, achegaram-se a ele os seus discípulos.
|
||
\v 2 Então ele abriu sua boca e lhes ensinou, dizendo:
|
||
\v 3 Benditos são os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus.
|
||
\v 4 Benditos são os que choram, porque eles serão consolados.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Benditos são os mansos, porque eles herdarão a terra.
|
||
\v 6 Benditos são os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados.
|
||
\v 7 Benditos são os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
|
||
\v 8 Benditos são os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Benditos são os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus.
|
||
\v 10 Benditos são os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Benditos sois vós, quando vos insultarem, perseguirem, e mentirem, falando contra vós todo mal por minha causa.
|
||
\v 12 Jubilai e alegrai-vos, porque grande é vossa recompensa nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Vós sois o sal da terra; mas se o sal perder seu sabor, com que se salgará? Para nada mais presta, a não ser para se lançar fora, e ser pisado pelas pessoas.
|
||
\v 14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade fundada sobre o monte;
|
||
\s5
|
||
\v 15 Nem se acende a lâmpada para se pôr debaixo de um cesto, mas sim na luminária, e ilumina a todos quantos estão na casa.
|
||
\v 16 Assim brilhe vossa luz diante das pessoas, para que vejam vossas boas obras, e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Não penseis que vim para revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, mas sim para cumprir.
|
||
\v 18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota nem um til passará da Lei até que tudo aconteça.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Portanto qualquer um que desobedecer a um destes menores mandamentos, e assim ensinar às pessoas, será chamado o menor no Reino dos céus; porém qualquer que os cumprir e ensinar, esse será chamado grande no Reino dos céus.
|
||
\v 20 Porque eu vos digo que se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, de maneira nenhuma entrareis no Reino dos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não cometerás homicídio”; “mas qualquer um que cometer homicídio será réu do julgamento”.
|
||
\v 22 Porém eu vos digo que qualquer um que se irar contra seu irmão será réu do julgamento. E qualquer um que disser a seu irmão: “Idiota!” será réu do tribunal. E qualquer que lhe disser: “Louco!” será réu do fogo do inferno.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Portanto, se trouxeres tua oferta ao altar, e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti,
|
||
\v 24 Deixa ali tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e então vem oferecer a tua oferta.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Faze acordo depressa com teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz ao oficial, e te lancem na prisão.
|
||
\v 26 Em verdade te digo que não sairás dali enquanto não pagares a última moeda.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Ouvistes o que foi dito: “Não adulterarás”.
|
||
\v 28 Porém eu vos digo que qualquer um que olhar para uma mulher para a cobiçar, em seu coração já adulterou com ela.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Se o teu olho direito te faz pecar, arranca-o e lança-o de ti; porque é melhor para ti que um dos teus membros se perca do que o teu corpo todo seja lançado no inferno.
|
||
\v 30 E se a tua mão direita te faz pecar, corta-a e lança-a de ti; porque é melhor para ti que um dos teus membros se perca do que o teu corpo todo vá ao inferno.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Também foi dito: “Qualquer um que se divorciar sua mulher, dê a ela carta de separação”.
|
||
\v 32 Porém eu vos digo que qualquer um que se divorciar de sua mulher, a menos que seja por causa de pecado sexual, faz com que ela adultere; e qualquer um que se casar com a divorciada comete adultério.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: “Não jurarás falsamente”, “mas cumprirás ao Senhor os teus juramentos”.
|
||
\v 34 Porém eu vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
|
||
\v 35 Nem pela terra, porque é o suporte de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Nem por tua cabeça jurarás, pois nem sequer um cabelo podes tornar branco ou preto.
|
||
\v 37 Mas seja vosso falar: “sim”, “sim”, “não”, “não”; porque o que disso passa procede do maligno.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Ouvistes o que foi dito: “Olho por olho, e dente por dente”.
|
||
\v 39 Mas eu vos digo que não resistais a quem for mau; em vez disso, a qualquer um que te bater à tua face direita, mostra-lhe também a outra.
|
||
\s5
|
||
\v 40 E ao que quiser disputar contigo, e te tomar tua túnica, deixa-lhe também a capa.
|
||
\v 41 E se qualquer um te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
|
||
\v 42 Dá a quem te pedir; e não te desvies de quem quiser de ti tomar emprestado.
|
||
\s5
|
||
\v 43 Ouvistes o que foi dito: “Amarás teu próximo”, e “odiarás teu inimigo”.
|
||
\v 44 Porém eu vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,
|
||
\v 45 Para que sejais filhos de vosso Pai que está nos céus; porque ele faz seu sol sair sobre maus e bons, e chover sobre justos e injustos.
|
||
\s5
|
||
\v 46 Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os cobradores de impostos também o mesmo?
|
||
\v 47 E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis de mais? Não fazem os gentios também assim?
|
||
\v 48 Portanto, sede vós perfeitos, assim como vosso Pai celestial é perfeito.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 6
|
||
\v 1 Ficai atentos para que não façais vossa boa ação diante das pessoas a fim de que sejais vistos por elas; de outra maneira não tereis recompensa de vosso Pai que está nos céus.
|
||
\v 2 Portanto, quando fizeres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados pelas pessoas; em verdade vos digo que já receberam sua recompensa.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Mas quando tu fizeres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a tua direita;
|
||
\v 4 Para que a tua esmola seja em segredo, e teu Pai, que vê em segredo, ele te recompensará.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E quando orares, não sejas como os hipócritas; porque eles amam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelas pessoas. Em verdade vos digo que já receberam sua recompensa.
|
||
\v 6 Porém tu, quando orares, entra em teu quarto, fecha tua porta, e ora a teu Pai, que está em segredo; e teu Pai, que vê em segredo, ele te recompensará.
|
||
\v 7 E quando orardes, não façais repetições inúteis como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
|
||
\s5
|
||
\v 8 Não sejais, pois, semelhantes a eles; porque vosso Pai sabe o que necessitais, antes que vós peçais a ele.
|
||
\v 9 Vós, portanto, orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
|
||
\v 10 Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra, assim como no céu.
|
||
\s5
|
||
\v 11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje.
|
||
\v 12 E perdoa-nos nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores.
|
||
\v 13 E não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Porque se perdoardes às pessoas suas ofensas, vosso Pai celestial também vos perdoará;
|
||
\v 15 Mas se não perdoardes às pessoas, também vosso Pai não vos perdoará vossas ofensas.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E quando jejuardes, não vos mostreis tristonhos, como os hipócritas; porque eles desfiguram seus rostos, para parecerem aos outros que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam sua recompensa.
|
||
\v 17 Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto,
|
||
\v 18 Para não pareceres às pessoas que jejuas, mas sim ao teu Pai, que está em segredo; e teu Pai, que vê em segredo, ele te recompensará.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde e a traça e a ferrugem gastam, e onde os ladrões invadem e roubam;
|
||
\v 20 Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem gastam, e onde os ladrões não invadem nem roubam.
|
||
\v 21 Porque onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração.
|
||
\s5
|
||
\v 22 A lâmpada do corpo é o olho; portanto, se o teu olho for puro, todo o teu corpo será cheio de luz.
|
||
\v 23 Porém se o teu olho for maligno, todo o teu corpo será cheio de trevas. Assim, se a luz que há em ti são trevas, como são grandes essas trevas!
|
||
\v 24 Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou odiará um e amará outro; ou se apegará a um, e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Por isso vos digo: não andeis ansiosos por vossa vida, sobre o que haveis de comer, ou que haveis de beber; nem por vosso corpo, sobre com que vos haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que a roupa?
|
||
\v 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e contudo vosso Pai celestial as alimenta. Não sois vós muito mais importantes que elas?
|
||
\s5
|
||
\v 27 E qual de vós poderá, por sua ansiedade, acrescentar um côvado à sua estatura?
|
||
\v 28 E por que andais ansiosos pela roupa? Prestai atenção aos lírios do campo, como crescem; eles nem trabalham nem fiam.
|
||
\v 29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Se Deus veste desta maneira a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vestirá ele muito mais a vós, que tendes pouca fé?
|
||
\v 31 Não andeis, pois, ansiosos, dizendo: “Que comeremos?” Ou “Que beberemos?” Ou “Com que nos vestiremos?”
|
||
\s5
|
||
\v 32 Porque os gentios buscam todas estas coisas, e vosso Pai celestial sabe que necessitais destas coisas, todas elas.
|
||
\v 33 Mas buscai primeiramente o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
|
||
\v 34 Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 7
|
||
\v 1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
|
||
\v 2 Porque com o juízo que julgardes sereis julgados; e com a medida que medirdes vos medirão.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Ora, por que vês o cisco que está no olho de teu irmão e não enxergas a trave que está em teu próprio olho?
|
||
\v 4 Ou como dirás a teu irmão: “Deixa-me tirar o cisco do teu olho”, se eis que há uma trave em teu próprio olho?
|
||
\v 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho de teu irmão.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Não deis o que é santo aos cães, nem lanceis vossas pérolas diante dos porcos, para não acontecer de as pisarem com os pés e, virando-se, vos despedacem.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e vos será aberto;
|
||
\v 8 Pois qualquer um que pede recebe; e quem busca acha; e ao que bate lhe é aberto.
|
||
\v 9 E quem há dentre vós que, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra?
|
||
\v 10 E se pedir peixe, lhe dará uma serpente?
|
||
\s5
|
||
\v 11 Ora, se vós, ainda que sejais maus, sabeis dar bons presentes a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!
|
||
\v 12 Portanto tudo o que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lhes vós também assim; porque esta é a Lei e os Profetas.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição; e muitos são os que por ela entram.
|
||
\v 14 Porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida; e são poucos os que a acham.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Tende cuidado, com os falsos profetas, que vêm a vós com roupa de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
|
||
\v 16 Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
|
||
\v 17 Assim toda boa árvore dá bons frutos, mas a arvore má dá frutos maus.
|
||
\s5
|
||
\v 18 A boa árvore não pode dar frutos maus, nem a árvore má dar bons frutos.
|
||
\v 19 Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
|
||
\v 20 Portanto vós os conhecereis pelos seus frutos.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Não é qualquer um que me diz: “Senhor, Senhor” que entrará no Reino dos céus; mas sim aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus.
|
||
\v 22 Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor! Não profetizamos em teu nome? E em teu nome não expulsamos os demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?”
|
||
\v 23 Então claramente lhes direi: “Nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, transgressores!”
|
||
\s5
|
||
\v 24 Portanto todo o que ouve estas minhas palavras e as praticaserá comparado ao homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.
|
||
\v 25 E a chuva desceu, correntezas vieram, ventos sopraram, e atingiram aquela casa; e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Porém todo o que ouve estas minhas palavras e não as pratica, eu o compararei ao homem tolo, que construiu sua casa sobre a areia.
|
||
\v 27 E a chuva desceu, correntezas vieram, ventos sopraram, e atingiram aquela casa; e ela caiu, e sua queda foi grande.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E aconteceu que, quando Jesus terminou estas palavras, as multidões estavam admiradas de sua doutrina,
|
||
\v 29 porque ele os ensinava como tendo autoridade, e não como os seus escribas.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 8
|
||
\v 1 Quando ele desceu do monte, muitas multidões o seguiram.
|
||
\v 2 E eis que um leproso veio e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se quiseres, podes me limpar.
|
||
\v 3 Jesus estendeu a mão e o tocou, dizendo: Quero, sê limpo. E logo ele ficou limpo de sua lepra.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Então Jesus lhe disse: Tem o cuidado de dizeres a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote, e oferece a oferta que Moisés ordenou, para que lhes haja testemunho.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Quando Jesus entrou em Cafarnaum, veio a ele um centurião, rogando-lhe,
|
||
\v 6 E dizendo: Senhor, o meu servo jaz em casa, paralítico, e gravemente atormentado.
|
||
\v 7 E Jesus lhe disse: Eu irei, e o curarei.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres sob meu telhado; mas dize somente uma palavra, e o meu servo sarará.
|
||
\v 9 Pois eu também sou homem debaixo de autoridade, e tenho debaixo de meu comando soldados; e digo a este: “Vai”, e ele vai; e ao outro: “Vem”, e vem; e a meu servo: “Faze isto”, e ele faz.
|
||
\v 10 Quando Jesus ouviu isto, maravilhou-se, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que ninguém em Israel achei com tanta fé.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque, e Jacó, no Reino dos céus.
|
||
\v 12 Os filhos do reino, porém, serão lançados nas trevas de fora; ali haverá pranto e ranger de dentes.
|
||
\v 13 Então Jesus disse ao centurião: Vai, e assim como creste, a ti seja feito. E naquela mesma hora o servo foi sarado.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E quando Jesus veio à casa de Pedro, viu a sogra dele, deitada e com febre.
|
||
\v 15 Ele tocou a mão dela, e a febre a deixou. Então ela se levantou e começou a servi-lo.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Quando chegou o anoitecer, trouxeram-lhe muitos endemoninhados. Ele expulsou-lhes os espíritos com a palavra, e curou todos os que estavam doentes,
|
||
\v 17 Para que se cumprisse o que havia sido dito pelo profeta Isaías, que disse: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E Jesus, ao ver uma multidão ao redor de si, mandou que passassem para a outra margem.
|
||
\v 19 Então um escriba se aproximou, e disse-lhe: Mestre, eu te seguirei aonde quer que fores.
|
||
\v 20 Jesus lhe respondeu: As raposas têm covis, e as aves do céu ninhos; mas o Filho do homem não tem onde recostar a cabeça.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai.
|
||
\v 22 Porém Jesus lhe disse: Segue-me, e deixa aos mortos enterrarem seus mortos.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Então ele entrou no barco, e seus discípulos o seguiram.
|
||
\v 24 E eis que se levantou no mar uma tormenta tão grande que o barco era coberto pelas ondas; porém ele dormia.
|
||
\v 25 E se aproximaram para acordá-lo, dizendo: Senhor, salva-nos! Estamos sendo destruídos!
|
||
\s5
|
||
\v 26 E ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar. E houve grande calmaria.
|
||
\v 27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
|
||
\s5
|
||
\v 28 E quando chegou à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados que tinham saído dos sepulcros. Eles eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho.
|
||
\v 29 E eis que gritaram, dizendo: Que temos contigo, Filho de Deus? Vieste aqui nos atormentar antes do tempo?
|
||
\s5
|
||
\v 30 Enquanto isso longe deles estava uma manada de muitos porcos pastando.
|
||
\v 31 E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsares, manda-nos entrar naquela manada de porcos.
|
||
\v 32 E ele lhes disse: Ide. Então eles saíram, e entraram nos porcos; e eis que toda aquela manada se lançou de um precipício ao mar, e morreram nas águas.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E os que cuidavam dos porcos fugiram; e ao chegarem à cidade, anunciaram todas estas coisas, inclusive o que havia acontecido aos endemoninhados.
|
||
\v 34 E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus; e quando o viram, rogaram-lhe que se retirasse do território deles.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 9
|
||
\v 1 Então ele entrou no barco, passou para a outra margem, e veio à sua própria cidade.
|
||
\v 2 E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado em um leito. Quando Jesus viu a fé deles, disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho! Teus pecados são perdoados.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E eis que alguns dos escribas disseram entre si: Ele blasfema.
|
||
\v 4 Mas Jesus, vendo seus pensamentos, disse: Por que pensais o mal em vossos corações?
|
||
\v 5 Pois o que é mais fácil? Dizer: “Teus pecados foram perdoados”, ou dizer: “Levanta-te, e anda”?
|
||
\v 6 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem autoridade na terra para perdoar pecados,(Ele, então, disse ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E este se levantou e foi para sua casa.
|
||
\v 8 Quando as multidões viram isto, temeram, e glorificaram a Deus, que tinha dado tal autoridade aos homens.
|
||
\v 9 E Jesus, ao passar dali, viu um homem sentado na coletoria de impostos, chamado Mateus; e disse-lhe: Segue-me. Então este se levantou e o seguiu.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E aconteceu que, enquanto Jesus estava reclinado à mesa na casa de Mateus, eis que muitos cobradores de impostos e pecadores vieram e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos.
|
||
\v 11 E quando os fariseus viram isto, perguntaram aos seus discípulos: Por que o vosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores?
|
||
\s5
|
||
\v 12 Porém Jesus ouviu, e respondeu: Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os que estão doentes.
|
||
\v 13 Mas ide aprender o que significa: “Quero misericórdia, e não sacrifício”. Porque eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Então os discípulos de João vieram a ele, e perguntaram: Por que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não jejuam?
|
||
\v 15 E Jesus lhes respondeu: Podem, por acaso, os convidados do casamento andar tristes enquanto o noivo está com eles? Mas dias virão, quando o noivo lhes for tirado, e então jejuarão.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha; porque tal remendo rasga a roupa, e o rompimento se torna pior.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Nem põem vinho novo em odres velhos; pois senão os odres se rompem, o vinho se derrama, e os odres se perdem; mas põem o vinho novo em odres novos, e ambos juntamente se conservam.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Enquanto ele lhes dizia estas coisas, eis que um chefe de sinagoga veio prostrar-se diante dele, e disse: Minha filha faleceu ainda agora; mas vem, e põe tua mão sobre ela, e ela viverá.
|
||
\v 19 Então Jesus se levantou e o seguiu com seus discípulos.
|
||
\s5
|
||
\v 20 (Eis, porém, que uma mulher enferma de um fluxo de sangue havia doze anos veio por detrás dele, e tocou a borda de sua roupa;
|
||
\v 21 Porque dizia consigo mesma: Se eu tão-somente tocar a roupa dele, serei curada.
|
||
\v 22 Jesus se virou e a viu. Então disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te sarou. E desde aquela hora a mulher ficou com saúde.)
|
||
\s5
|
||
\v 23 Quando Jesus chegou à casa daquele chefe, viu os tocadores de flauta e a multidão que fazia alvoroço,
|
||
\v 24 E disse: Retirai-vos, porque a menina não está morta, mas sim dormindo. E riram dele.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Mas quando a multidão foi expulsa, ele entrou, pegou a mão dela, e a menina se levantou.
|
||
\v 26 E esta notícia se espalhou por toda aquela terra.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E saindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!
|
||
\v 28 E quando ele entrou em casa, os cegos vieram a ele. Jesus lhes perguntou: Credes que posso fazer isto? Eles lhe responderam: Sim, Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Então tocou os olhos deles, dizendo: Seja feito convosco conforme a vossa fé.
|
||
\v 30 E os olhos deles se abriram. Então Jesus os advertiu severamente, dizendo: Tende o cuidado de que ninguém saiba disso.
|
||
\v 31 Porém eles saíram e divulgaram a notícia acerca dele por toda aquela terra.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Enquanto eles saíam, eis que lhe trouxeram um mudo e endemoninhado.
|
||
\v 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo passou a falar. Então as multidões ficaram maravilhadas, e disseram: Nunca se viu algo assim em Israel!
|
||
\v 34 Mas os fariseus diziam: É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios.
|
||
\s5
|
||
\v 35 Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando toda enfermidade e toda doença.
|
||
\v 36 Quando ele viu as multidões, teve compaixão delas, porque andavam afligidas e desamparadas, como ovelhas que não têm pastor.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Então disse aos seus discípulos: Em verdade a colheita é grande, porém os trabalhadores são poucos.
|
||
\v 38 Portanto rogai ao Senhor da colheita que envie trabalhadores à sua colheita.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 10
|
||
\v 1 Jesus chamou a si os seus doze discípulos, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e curarem toda enfermidade e toda doença.
|
||
\s5
|
||
\v 2 E os nomes dos doze apóstolos são estes: o primeiro, Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João;
|
||
\v 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé, e Mateus o coletor de impostos; Tiago, filho de Alfeu; e Tadeu;
|
||
\v 4 Simão o zeloso, e Judas Iscariotes, o mesmo que o traiu.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Jesus enviou estes doze, e lhes mandou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos.
|
||
\v 6 Em vez disso, ide às ovelhas perdidas da casa de Israel.
|
||
\v 7 E quando fordes, proclamai, dizendo: “Perto está o Reino dos céus”.
|
||
\s5
|
||
\v 8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; recebestes de graça, dai de graça.
|
||
\v 9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre em vossos cintos;
|
||
\v 10 Nem bolsas para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão extra; pois o trabalhador é digno de seu alimento.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E em qualquer cidade ou aldeia que entrardes, informai-vos de quem nela seja digno, e ficai ali até que saiais.
|
||
\v 12 E quando entrardes na casa, saudai-a.
|
||
\v 13 Se a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; mas se ela não for digna, volte para vós a vossa paz.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E quem quer que não vos receber, nem ouvir vossas palavras, quando sairdes daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.
|
||
\v 15 Em verdade vos digo que no dia do julgamento mais tolerável será para a região de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Eis que eu vos envio como ovelhas em meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como pombas.
|
||
\v 17 Porém tende cuidado com as pessoas; porque vos entregarão em tribunais, e vos açoitarão em suas sinagogas;
|
||
\v 18 E até perante governadores e reis sereis levados por causa de mim, para que haja testemunho a eles e aos gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas quando vos entregarem, não estejais ansiosos de como ou que falareis; porque naquela mesma hora vos será dado o que deveis falar.
|
||
\v 20 Porque não sois vós os que falais, mas sim o Espírito do vosso Pai que fala em vós.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E irmão entregará irmão à morte, e pai ao filho; e filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
|
||
\v 22 E sereis odiados por todos por causa de meu nome; mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.
|
||
\v 23 Quando, então, vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem.
|
||
\s5
|
||
\v 24 O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo superior ao seu senhor.
|
||
\v 25 Seja suficiente ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como o seu senhor; se ao chefe da casa chamaram de Belzebu, quanto mais aos membros de sua casa?
|
||
\s5
|
||
\v 26 Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não se revelará, nada oculto que não se saberá.
|
||
\v 27 O que eu vos digo em trevas, dizei na luz; e o que ouvis ao ouvido, proclamai sobre os telhados.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei mais aquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.
|
||
\v 29 Não se vendem dois pardais por uma pequena moeda? Mas nem um deles cairá em terra contra a vontade de vosso Pai.
|
||
\v 30 E até os cabelos de vossas cabeças estão todos contados.
|
||
\v 31 Assim, não tenhais medo; mais valeis vós que muitos pardais.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Portanto, todo aquele que me der reconhecimento diante das pessoas, também eu o reconhecerei diante de meu Pai, que está nos céus.
|
||
\v 33 Porém qualquer um que me negar diante das pessoas, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas sim espada.
|
||
\v 35 Porque eu vim pôr em discórdia “o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra.
|
||
\v 36 E os inimigos do homem serão os de sua própria casa”.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Quem ama pai ou mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama filho ou filha mais que a mim não é digno de mim;
|
||
\v 38 E quem não toma sua cruz e segue após mim não é digno de mim.
|
||
\v 39 Quem achar sua vida a perderá; e quem, por causa de mim, perder sua vida, a achará.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Quem vos recebe, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
|
||
\v 41 Quem recebe um profeta por reconhecê-lo como profeta receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo por reconhecê-lo como justo receberá recompensa de justo.
|
||
\s5
|
||
\v 42 E qualquer um que der ainda que somente um copo de água fria a um destes pequenos por reconhecê-lo como discípulo, em verdade vos digo que de maneira nenhuma perderá sua recompensa.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 11
|
||
\v 1 Quando Jesus acabou de dar as ordens aos seus doze discípulos, partiu dali para ensinar e para pregar em suas cidades.
|
||
\v 2 E João, ao ouvir na prisão as obras de Cristo, enviou -lhe por seus discípulos,
|
||
\v 3 Perguntando-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
|
||
\s5
|
||
\v 4 Jesus lhes respondeu: Ide anunciar a João as coisas que ouvis e vedes:
|
||
\v 5 Os cegos veem, e os mancos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o Evangelho;
|
||
\v 6 E bendito é aquele que não deixar de crer em mim.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Depois que eles se foram, Jesus começou a dizer às multidões acerca de João: Que saístes ao deserto para ver? Uma cana que se move pelo vento?
|
||
\v 8 Mas que saístes para ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Eis que os que usam roupas delicadas estão nas casas dos reis.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Mas que saístes para ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que um profeta;
|
||
\v 10 Este é aquele sobre o qual está escrito: “Eis que diante de tua face envio o meu mensageiro, que preparará o teu caminho diante de ti.”
|
||
\s5
|
||
\v 11 Em verdade vos digo que, dentre os nascidos de mulheres, não se levantou outro maior que João Batista; porém o menor no Reino dos céus é maior que ele.
|
||
\v 12 E desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é forçado, e os que usam de força o tomam.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João.
|
||
\v 14 E se estais dispostos a aceitar, este é o Elias que havia de vir.
|
||
\v 15 Quem tem ouvidos, ouça.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Mas com quem compararei esta geração? Semelhante é às crianças que se sentam nas praças, que chamam aos outros,
|
||
\v 17 E dizem: “Tocamos flauta para vós, mas não dançastes; cantamos lamentações, mas não chorastes.”
|
||
\s5
|
||
\v 18 Porque veio João, sem comer nem beber, e dizem: “Ele tem demônio.”
|
||
\v 19 Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: “Eis aqui um homem comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores!” Mas a sabedoria prova-se justa por meio de suas obras.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Então ele começou a acusar as cidades em que a maioria de seus milagres haviam sido feitos, por não terem se arrependido:
|
||
\v 21 Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidom tivessem sido feitos os milagres que em vós foram feitos, há muito tempo teriam se arrependido com saco e com cinza!
|
||
\v 22 Porém eu vos digo que mais tolerável será para Tiro e Sidom, no dia do juízo, que para vós.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E tu, Cafarnaum, estarás tu exaltada até o céu? Ao mundo dos mortos serás derrubada! Pois se em Sodoma tivessem sido feitos os milagres que foram feitos em ti, ela teria permanecido até hoje.
|
||
\v 24 Porém eu vos digo que mais tolerável será para os da região de Sodoma, no dia de juízo, que para ti.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Naquele tempo Jesus pronunciou: Graças te dou, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste às crianças.
|
||
\v 26 Sim, Pai, porque assim foi agradável a ti.
|
||
\v 27 Todas as coisas me foram entregues pelo meu Pai; e ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; nem ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho, e a quem o Filho o quiser revelar.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos farei descansar.
|
||
\v 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
|
||
\v 30 Pois o meu jugo é suave, e minha carga é leve.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 12
|
||
\v 1 Naquele tempo Jesus estava indo pelas plantações de cereais no sábado. Seus discípulos tinham fome, e começaram a arrancar espigas e a comer.
|
||
\v 2 Quando os fariseus viram, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer no sábado.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Ele, porém, lhes disse: Não lestes o que Davi fez quando teve fome, ele e os que com ele estavam,
|
||
\v 4 Como ele entrou na casa de Deus, e comeram os pães da proposição, que a ele não era lícito comer, nem também aos que com ele estavam, a não ser somente aos sacerdotes?
|
||
\s5
|
||
\v 5 Ou não lestes na Lei que, nos sábados, os sacerdotes no Templo profanam o sábado, sem se tornarem culpados?
|
||
\v 6 Eu, porém, vos digo que o maior que o Templo está aqui.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Mas se vós soubésseis o que significa: “Quero misericórdia, e não sacrifício”, não condenaríeis os inocentes.
|
||
\v 8 Porque o Filho do homem é Senhor do sábado.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E partindo dali, Jesus entrou na sinagoga deles.
|
||
\v 10 E eis que havia ali um homem que tinha uma mão definhada; e eles, a fim de o acusarem, perguntaram-lhe: É lícito curar nos sábados?
|
||
\s5
|
||
\v 11 E ele lhes respondeu: Qual de vós será a pessoa que, caso tenha uma ovelha, e se a tal cair em uma cova no sábado, não usará de sua força para a levantar?
|
||
\v 12 Ora, quanto mais vale um ser humano que uma ovelha! Assim, pois, é lícito fazer o bem nos sábados.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Então disse para aquele homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restaurada, sã como a outra.
|
||
\v 14 Então os fariseus saíram e se reuniram para planejar contra ele, como o matariam.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Mas Jesus, sabendo disso, retirou-se dali. Muitos o seguiram, e ele curou todos.
|
||
\v 16 E ele lhes ordenava que não o tornassem conhecido;
|
||
\v 17 Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías:
|
||
\s5
|
||
\v 18 Eis aqui meu servo a quem escolhi, meu amado em quem minha alma se agrada; sobre ele porei o meu Espírito, e ele anunciará justiça às nações.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Ele não fará brigas, nem gritará; ninguém ouvirá sua voz pelas ruas.
|
||
\v 20 A cana esmagada ele não despedaçará, o pavio que fumega ele não apagará, até que conduza a justiça à vitória.
|
||
\v 21 E em seu nome as nações esperarão.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Então lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo; e ele o curou de tal maneira que o mudo passou a falar e a ver.
|
||
\v 23 E todas as multidões se admiravam e diziam: Não é este o Filho de Davi?
|
||
\s5
|
||
\v 24 Mas quando os fariseus ouviam isso, diziam: Ele não expulsa os demônios, a não ser por Belzebu, o chefe dos demônios.
|
||
\v 25 Porém Jesus, entendendo os pensamentos deles, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é destruído; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanecerá.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Ora, se Satanás expulsa a Satanás, contra si mesmo está dividido; como, pois, permanecerá o seu reino?
|
||
\v 27 E se eu expulso os demônios por Belzebu, então por quem vossos filhos os expulsam? Portanto, eles mesmos serão vossos juízes.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Mas se eu pelo Espírito de Deus expulso os demônios, logo o Reino de Deus já chegou sobre vos.
|
||
\v 29 Ou como pode alguém entrar na casa do valente, e saquear seus bens, sem primeiro amarrar ao valente? Depois disso saqueará sua casa.
|
||
\v 30 Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Por isso eu vos digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos seres humanos; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
|
||
\v 32 E qualquer um que falar palavra contra o Filho do homem lhe será perdoado; mas qualquer um que falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem na era presente, nem na futura.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Ou fazei a árvore boa, e seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e seu fruto mau; pois pelo fruto se conhece a árvore.
|
||
\v 34 Ninhada de víboras, como podeis vós falar boas coisas, sendo maus? Pois a boca fala do que o coração tem de sobra.
|
||
\v 35 A pessoa boa tira coisas boas do bom tesouro, e a pessoa má tira coisas más do tesouro mau.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Eu, porém, vos digo que de toda palavra imprudente que as pessoas falarem, dela prestarão contas no dia do juízo.
|
||
\v 37 Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Então responderam-lhe uns dos escribas e dos fariseus, dizendo: Mestre, queremos ver de ti algum sinal.
|
||
\v 39 Mas ele lhes deu a seguinte resposta: Uma geração má e adúltera pede sinal; mas não lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas.
|
||
\v 40 Porque assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra.
|
||
\s5
|
||
\v 41 Os de Nínive se levantarão no Juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui quem é maior que Jonas.
|
||
\s5
|
||
\v 42 A rainha do sul se levantará no Juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui quem é maior que Salomão.
|
||
\s5
|
||
\v 43 Quando o espírito imundo sai de alguém, anda por lugares secos buscando repouso, e não o acha.
|
||
\v 44 Então diz: “Voltarei para minha casa de onde saí”. E quando chega, a encontra desocupada, varrida, e adornada.
|
||
\v 45 Então vai, e toma consigo outros sete espíritos piores que ele; eles entram, e moram ali; e a última condição de tal pessoa se torna pior que a primeira. Assim também acontecerá com esta geração má.
|
||
\s5
|
||
\v 46 Enquanto ele ainda estava falando às multidões, eis que sua mãe e seus irmãos estavam fora, querendo falar com ele.
|
||
\v 47 E alguém lhe disse: Eis que tua mãe e teus irmãos estão fora, querendo falar contigo.
|
||
\s5
|
||
\v 48 Porém ele disse em resposta ao que o avisou: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?
|
||
\v 49 Então estendeu sua mão sobre seus discípulos, e disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;
|
||
\v 50 Pois qualquer um que fizer a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã, e mãe.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 13
|
||
\v 1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e se sentou junto ao mar.
|
||
\v 2 E ajuntaram-se perto dele tantas multidões, de maneira que ele entrou num barco e se sentou; e toda a multidão ficou na praia,
|
||
\s5
|
||
\v 3 E ele lhes falou muitas coisas por parábolas. Ele disse: Eis que o semeador saiu a semear.
|
||
\v 4 E enquanto semeava, caiu parte das sementes junto ao caminho, e vieram as aves e a comeram.
|
||
\v 5 E outra parte caiu entre pedras, onde não havia muita terra, e logo nasceu, porque não tinha terra funda.
|
||
\v 6 Mas quando o sol surgiu, queimou-se; e por não ter raiz, secou-se.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E outra parte caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.
|
||
\v 8 E outra parte caiu em boa terra, e rendeu fruto: um a cem, outro a sessenta, e outro a trinta.
|
||
\v 9 Quem tem ouvidos, ouça.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Então os discípulos se aproximaram, e lhe perguntaram: Por que falas a eles por parábolas?
|
||
\v 11 E ele respondeu: Porque a vós é dado saber os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não é dado.
|
||
\v 12 Pois a quem tem, lhe será dado, e terá em abundância; mas a quem não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Por isso falo a eles por parábolas; porque vendo, não veem; e ouvindo, não ouvem, nem entendem.
|
||
\v 14 Assim neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: De fato ouvireis, mas não entendereis; De fato vereis, mas não enxergareis.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Porque o coração deste povo está insensível; Com seus ouvidos dificilmente ouvem, e seus olhos fecharam; A fim de não haver que seus olhos vejam, seus ouvidos ouçam, Seus corações entendam, e se arrependam, E eu os cure.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Mas benditos são os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem.
|
||
\v 17 Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, mas não viram; e desejaram ouvir o que vós ouvis, mas não ouviram.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Portanto, ouvi vós a parábola do semeador:
|
||
\v 19 Quando alguém ouve a palavra do Reino e não a entende, o maligno vem e arranca o que foi semeado em seu coração; este é o que foi semeado junto ao caminho.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E o que foi semeado entre as pedras é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria,
|
||
\v 21 mas não tem raiz em si mesmo. Em vez disso, dura um pouco, mas quando vem a aflição ou a perseguição pela palavra, logo se tornam infiéis.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E o que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, mas a ansiedade com o tempo presente e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica sem dar fruto.
|
||
\v 23 Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve e entende a palavra, e o que dá e produz fruto, um a cem, outro a sessenta, e outro a trinta.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E ele lhes declarou outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um homem que semeia boa semente em seu campo,
|
||
\v 25 Mas, enquanto as pessoas dormiam, o inimigo dele veio, semeou joio entre o trigo, e foi embora.
|
||
\v 26 E, quando a erva cresceu e produziu fruto, então apareceu também o joio.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Então os servos do dono da propriedade chegaram, e lhe perguntaram: “Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? De onde, pois, veio o joio?”
|
||
\v 28 E ele lhes respondeu: “Um inimigo fez isto”. Em seguida, os servos lhe perguntaram: “Queres, pois, que vamos e o tiremos?”
|
||
\s5
|
||
\v 29 Ele, porém, lhes respondeu: “Não, para não haver que, enquanto tirais o joio, arranqueis com ele também o trigo.
|
||
\v 30 Deixai-os crescer ambos juntos até a colheita; e no tempo da colheita direi aos que colhem: ‘Recolhei primeiro o joio, e amarrai-o em molhos, para o queimarem; mas ao trigo ajuntai no meu celeiro’.”
|
||
\s5
|
||
\v 31 Ele lhes propôs outra parábola: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que alguém tomou e semeou no seu campo.
|
||
\v 32 De fato, dentre todas as sementes, esta é a menor. Mas quando cresce, é a maior das hortaliças; e se torna tamanha árvore, que as aves do céu vêm e se aninham em seus ramos.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Ele lhes disse outra parábola: O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha,) até que tudo ficasse fermentado.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Tudo isto Jesus falou por parábolas às multidões. Sem parábolas ele não lhes falava,
|
||
\v 35 para que se cumprisse o que foi falado pelo profeta, que disse: Abrirei a minha boca em parábolas; Pronunciarei coisas escondidas desde a fundação.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Então Jesus despediu as multidões, e foi para casa. Seus discípulos se aproximaram dele, e disseram: Explica-nos a parábola do joio do campo.
|
||
\v 37 E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do homem.
|
||
\v 38 E o campo é o mundo; e a boa semente, estes são os filhos do Reino; e o joio são os filhos do maligno.
|
||
\v 39 E o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a colheita é o fim da era; e os que colhem são os anjos.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Portanto, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também será no fim da era.
|
||
\v 41 O Filho do homem enviará seus anjos, e eles recolherão do seu Reino todas as causas do pecado, assim como os que praticam injustiça,
|
||
\v 42 e os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes.
|
||
\v 43 Então os justos brilharão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
|
||
\s5
|
||
\v 44 O Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem, depois de achá-lo, escondeu. Então, em sua alegria, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
|
||
\v 45 O Reino dos céus também é semelhante a um homem negociante, que buscava boas pérolas.
|
||
\v 46 Quando este achou uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.
|
||
\s5
|
||
\v 47 O Reino dos céus também é semelhante a uma rede lançada ao mar, que colhe toda espécie de peixes.
|
||
\v 48 E quando está cheia, os pescadores puxam-na à praia, sentam-se, e recolhem os bons em cestos, mas os ruins lançam fora.
|
||
\s5
|
||
\v 49 Assim será ao fim da era; os anjos sairão, e separarão dentre os justos os maus,
|
||
\v 50 e os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes.
|
||
\s5
|
||
\v 51 Entendestes todas estas coisas? Eles lhe responderam: Sim.
|
||
\v 52 E ele lhes disse: Portanto todo escriba que se tornou discípulo no Reino dos céus é semelhante a um chefe de casa, que do seu tesouro tira coisas novas e velhas.
|
||
\v 53 E aconteceu que, quando Jesus acabou essas parábolas, retirou-se dali.
|
||
\s5
|
||
\v 54 E vindo à sua terra, ensinava-os na sinagoga deles, de tal maneira que ficavam admirados, e diziam: De onde vêm a este tal sabedoria, e os milagres?
|
||
\v 55 Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?
|
||
\v 56 Não estão todas as suas irmãs conosco? Ora, de onde vem a este tudo isto?
|
||
\s5
|
||
\v 57 E se ofenderam por causa dele. Mas Jesus lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser em sua terra, e em sua casa.
|
||
\v 58 E não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade deles.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 14
|
||
\v 1 Naquele tempo Herodes, o tetrarca, ouviu relato a respeito de Jesus,
|
||
\v 2 e disse aos seus servos: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e por isso os milagres operam nele.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Porque Herodes havia prendido a João, acorrentado-o, e posto na prisão, por causa de Herodias, mulher do seu irmão Filipe;
|
||
\v 4 pois João lhe dizia: Não te lícito que a tenhas.
|
||
\v 5 Herodes queria matá-lo, mas tinha medo do povo, pois o consideravam profeta.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Porém, quando chegou o aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou no meio das pessoas, e agradou a Herodes.
|
||
\v 7 Por isso prometeu a ela dar tudo o que pedisse.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E ela, tendo sido induzida por sua mãe, disse: Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista.
|
||
\v 9 E o rei se entristeceu; mas devido ao juramento, e aos que estavam presentes, ordenou que isso fosse concedido.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Então mandou degolarem João na prisão.
|
||
\v 11 Sua cabeça foi trazida num prato, e dada à garota, e ela a levou à sua mãe.
|
||
\v 12 E seus discípulos vieram, tomaram o corpo, e o enterraram; e foram avisar a Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Depois de Jesus ouvir, retirou-se dali num barco, a um lugar deserto, sozinho; mas assim que as multidões ouviram acerca disso, seguiram-no a pé das cidades.
|
||
\v 14 Quando Jesus saiu, viu uma grande multidão. Ele se compadeceu deles, e curou dentre eles os enfermos.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E chegando o entardecer, os discípulos se aproximaram dele, e disseram: O lugar é deserto, e já é tarde. Despede as multidões, para irem às aldeias, e comprarem para si de comer.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Mas Jesus lhes respondeu: Eles não precisam ir. Vós mesmos, dai-lhes de comer.
|
||
\v 17 E eles lhe disseram: Nada temos aqui além de cinco pães e dois peixes.
|
||
\v 18 Então disse: Trazei-os aqui a mim.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Ele mandou às multidões que se sentassem sobre a grama. Então tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e os abençoou. Em seguida partiu os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões.
|
||
\v 20 E todos comeram, e se fartaram. E do que sobrou dos pedaços levantaram doze cestos cheios.
|
||
\v 21 E os que comeram foram quase cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E logo Jesus mandou os discípulos entrarem no barco, e que fossem adiante dele para a outra margem, enquanto ele despedia as multidões.
|
||
\v 23 Depois de despedir as multidões, subiu ao monte, à parte, para orar. Tendo chegado a noite, ele estava ali sozinho.
|
||
\v 24 E o barco já estava a vários estádios de distância da terra, atormentado pelas ondas, porque o vento era contrário.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Mas à quarta vigília da noite Jesus foi até eles, andando sobre o mar.
|
||
\v 26 Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, apavoraram-se, dizendo: É um fantasma! E gritaram de medo.
|
||
\v 27 Mas Jesus logo lhes falou, dizendo: Tende coragem! Sou eu, não tenhais medo.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E Pedro lhe respondeu, dizendo: Senhor, se és tu, manda-me vir a ti sobre as águas.
|
||
\v 29 E ele disse: Vem. Então Pedro desceu do barco e andou sobre as águas, e foi em direção a Jesus.
|
||
\v 30 Mas quando viu o vento, teve medo; e começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!
|
||
\s5
|
||
\v 31 Imediatamente Jesus estendeu a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
|
||
\v 32 E quando subiram no barco, o vento se aquietou.
|
||
\v 33 Então os que estavam no barco vieram e o adoraram, dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E havendo passado para a outra margem, chegaram à terra de Genesaré.
|
||
\v 35 E quando os homens daquele lugar o reconheceram, deram aviso por toda aquela região ao redor, e lhe trouxeram todos os que estavam enfermos.
|
||
\v 36 E rogavam-lhe que tão somente tocassem a borda de sua roupa; e todos os que tocavam ficaram curados.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 15
|
||
\v 1 Então alguns fariseus e escribas de Jerusalém se aproximaram de Jesus, e perguntaram:
|
||
\v 2 Por que os teus discípulos transgridem a tradição dos anciãos? Pois não lavam suas mãos quando comem pão.
|
||
\v 3 Porém ele lhes respondeu: E vós, por que transgredis o mandamento de Deus por vossa tradição?
|
||
\s5
|
||
\v 4 Pois Deus disse: Honra ao teu pai e à tua mãe; e quem maldisser ao pai ou à mãe seja sentenciado à morte.
|
||
\v 5 Mas vós dizeis: “Qualquer um que disser ao pai ou à mãe: ‘Todo o proveito que terias de mim é oferta exclusiva para Deus ’, não precisa honrar seu pai ou à sua mãe”.
|
||
\v 6 E assim invalidastes a palavra de Deus por vossa tradição.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Hipócritas! Isaías bem profetizou sobre vós, dizendo:
|
||
\v 8 Este povo com os lábios me honra; mas o seu coração está longe de mim.
|
||
\v 9 Em vão, porém, me veneram, ensinando doutrinas que são regras humanas.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Assim chamou a multidão para si, e disse-lhes: Ouvi e entendei.
|
||
\v 11 Não é o que entra na boca que contamina o ser humano; mas sim o que sai da boca, isso contamina o ser humano.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Então os discípulos se aproximaram dele, e lhe perguntaram: Tu sabes que os fariseus se ofenderam quando ouviram esta palavra?
|
||
\v 13 Mas ele respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pela raiz.
|
||
\v 14 Deixai-os, são guias cegos de cegos. E se o cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E Pedro lhe disse: Explica-nos a parábola.
|
||
\v 16 Porém Jesus disse: Até vós ainda estais sem entender?
|
||
\v 17 Não percebeis que tudo o que entra na boca vai ao ventre, mas depois é lançado na privada?
|
||
\s5
|
||
\v 18 Porém as coisas que saem da boca procedem do coração; e elas contaminam o ser humano.
|
||
\v 19 Pois do coração procedem maus pensamentos, mortes, adultérios, pecados sexuais, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.
|
||
\v 20 Estas coisas são as que contaminam o ser humano; mas comer sem lavar as mãos não contamina o ser humano.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E, tendo Jesus partido dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.
|
||
\v 22 E eis que uma mulher Cananeia, que tinha saído daquela região, clamou: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Minha filha está miseravelmente endemoninhada.
|
||
\v 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. Então seus discípulos se aproximaram dele, e rogaram-lhe, dizendo: Manda-a embora, porque ela está gritando atrás de nós.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E ele respondeu: Não fui enviado para ninguém além das ovelhas perdidas da casa de Israel.
|
||
\v 25 Então ela veio e se prostrou diante dele, dizendo: Senhor, socorre-me.
|
||
\v 26 Mas ele respondeu: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Ela, porém, disse: Sim, Senhor. Porém os cachorrinhos também comem, das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
|
||
\v 28 Então Jesus lhe respondeu: Ó mulher, grande é a tua fé. A ti seja feito como tu queres. E desde aquela hora sua filha ficou curada.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E tendo Jesus partido dali, veio ao mar da Galileia. Ele subiu a um monte, e ali se sentou.
|
||
\v 30 E vieram a ele muitas multidões, que tinham consigo mancos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros; e os lançaram aos pés de Jesus, e ele os curou.
|
||
\v 31 Desta maneira, as multidões se maravilhavam quando viam os mudos falarem, os aleijados ficarem sãos, os mancos andarem, e os cegos verem; então glorificaram ao Deus de Israel.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse: Estou compadecido com a multidão, porque já há três dias que estão comigo, e não têm o que comer. E não quero os deixar ir em jejum, para que não desmaiem no caminho.
|
||
\v 33 E os discípulos lhe responderam: De onde conseguiremos tantos pães no deserto, para saciar tão grande multidão?
|
||
\v 34 Jesus lhes perguntou: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete; e uns poucos peixinhos.
|
||
\v 35 Então mandou as multidões que se sentassem pelo chão.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Tomou os sete pães e os peixes, deu graças e os partiu. Em seguida, ele os deu aos discípulos, e os discípulos às multidões.
|
||
\v 37 E todos comeram e se saciaram; e levantaram dos pedaços que sobraram sete cestos cheios.
|
||
\v 38 E foram os que comeram quatro mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.
|
||
\v 39 Depois de despedir as multidões, Jesus entrou em um barco, e veio à região de Magadã.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 16
|
||
\v 1 Então os fariseus e os saduceus se aproximaram dele e, a fim de tentá-lo, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu.
|
||
\v 2 Mas ele lhes respondeu: Quando chega a tarde, dizeis: “ Haverá tempo bom, pois o céu está vermelho”.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E pela manhã: “Hoje haverá tempestade, pois o céu está de um vermelho sombrio”. Vós bem sabeis distinguir a aparência do céu, mas os sinais dos tempos não podeis?
|
||
\v 4 Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Então os deixou, e foi embora
|
||
\s5
|
||
\v 5 E quando os discípulos vieram para a outra margem, esqueceram-se de tomar pão.
|
||
\v 6 E Jesus lhes disse: Ficai atentos, e tende cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus.
|
||
\v 7 E eles argumentaram entre si, dizendo: É porque não tomamos pão.
|
||
\v 8 Jesus percebeu, e disse: Por que estais argumentando entre vós mesmos, ó homens de pouca fé, que não tendes pão?
|
||
\s5
|
||
\v 9 Ainda não entendeis, nem vos lembrais dos cinco pães dos cinco mil, e quantos cestos levantastes?
|
||
\v 10 Nem dos sete pães dos quatro mil, e quantos cestos levantastes?
|
||
\s5
|
||
\v 11 Como não entendeis que não foi pelo pão que eu vos disse? Mas tomai cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus.
|
||
\v 12 Então entenderam que ele não havia dito que tomassem cuidado com o fermento dos pães, mas sim com a doutrina dos fariseus e saduceus.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E tendo Jesus vindo às partes da Cesareia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: Quem as pessoas dizem que o Filho do homem é?
|
||
\v 14 E eles responderam: Alguns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou algum dos profetas.
|
||
\v 15 Ele lhes disse: E vós, quem dizeis que eu sou?
|
||
\v 16 E Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!
|
||
\s5
|
||
\v 17 E Jesus lhe replicou: Bendito és tu, Simão, filho de Jonas; pois não foi carne e sangue que o revelou a ti, mas sim meu Pai, que está nos céus.
|
||
\v 18 E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do mundo dos mortos não prevalecerão contra ela.
|
||
\s5
|
||
\v 19 A ti darei as chaves do Reino dos céus; e tudo o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.
|
||
\v 20 Então mandou aos discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Desde então Jesus Cristo começou a mostrar a seus discípulos que ele tinha que ir a Jerusalém, e sofrer muito pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes, e pelos escribas, e ser morto, e ser ressuscitado ao terceiro dia.
|
||
\v 22 E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo, dizendo: Misericórdia de ti, Senhor! De maneira nenhuma isso te aconteça.
|
||
\v 23 Mas ele se virou, e disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás! Tu és um obstáculo, porque não compreendes as coisas de Deus, mas sim as humanas.
|
||
\s5
|
||
\v 24 Então Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.
|
||
\v 25 Pois qualquer um que quiser salvar a sua vida a perderá; porém qualquer um que por causa de mim perder a sua vida, este a achará.
|
||
\v 26 Pois que proveito haverá para alguém, se ganhar o mundo todo, mas perder a sua alma? Ou que dará alguém em resgate da sua alma?
|
||
\s5
|
||
\v 27 Pois o Filho do homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras.
|
||
\v 28 Em verdade vos digo, que há alguns, dos que aqui estão, que não experimentarão a morte, até que vejam o Filho do homem vir em seu Reino.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 17
|
||
\v 1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago, e seu irmão João, e os levou a sós a um monte alto.
|
||
\v 2 Então transfigurou-se diante deles; seu rosto brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
|
||
\v 4 Pedro, então, disse a Jesus: Senhor, bom é para nós estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Enquanto ele ainda estava falando, eis que uma nuvem brilhante os cobriu. E eis que uma voz da nuvem disse: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; a ele ouvi.
|
||
\v 6 Quando os discípulos ouviram, caíram sobre seus rostos, e tiveram muito medo.
|
||
\v 7 Jesus se aproximou deles, tocou-os, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.
|
||
\v 8 E quando eles levantaram seus olhos, não viram a ninguém, a não ser a Jesus somente.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E enquanto desciam do monte, Jesus lhes disse a seguinte ordem: Não conteis a visão a ninguém, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
|
||
\v 10 E os discípulos lhe perguntaram: Por que, então, os escribas dizem que Elias tem que vir primeiro?
|
||
\s5
|
||
\v 11 Jesus lhes respondeu: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas.
|
||
\v 12 Digo-vos, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram. Em vez disso fizeram dele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem sofrerá por meio deles.
|
||
\v 13 Então os discípulos entenderam que ele lhes falara a respeito de João Batista.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E quando chegaram à multidão, veio a ele um homem, que se ajoelhou diante dele, e disse:
|
||
\v 15 Senhor, tem misericórdia do meu filho, que é epilético, e sofre muito mal; porque cai muitas vezes no fogo, e muitas vezes na água.
|
||
\v 16 E eu o trouxe aos teus discípulos, mas não o puderam curar.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Jesus respondeu: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-o a mim aqui.
|
||
\v 18 E Jesus o repreendeu. Então o demônio saiu dele, e o menino sarou desde aquela hora.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Depois os discípulos se aproximaram de Jesus em particular, e perguntaram: Por que nós não o pudemos expulsar?
|
||
\v 20 E Jesus lhes respondeu: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo, que se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a este monte: “Passa-te daqui para lá”, E ele passaria. E nada vos seria impossível.
|
||
\v 21 ---
|
||
\s5
|
||
\v 22 E enquanto eles reuniam-se na Galileia, Jesus lhes disse: O Filho do homem será entregue em mãos de homens.
|
||
\v 23 E o matarão, e ele será ressuscitado ao terceiro dia. E eles se entristeceram muito.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E quando entraram em Cafarnaum, os cobradores da taxa de duas dracmas vieram a Pedro, e perguntaram: Vosso mestre não paga as duas dracmas?
|
||
\v 25 Ele respondeu: Sim. Quando ele entrou em casa, Jesus o antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem os reis da terra cobram tributos ou taxas? Dos seus filhos, ou dos outros?
|
||
\s5
|
||
\v 26 Pedro respondeu: Dos outros. Jesus lhe disse: Logo, os filhos são livres de pagar.
|
||
\v 27 Mas para não os ofendermos, vai ao mar, e lança o anzol. Toma o primeiro peixe que subir, e quando lhe abrir a boca, acharás uma moeda de quatro dracmas. Toma-a, e dá a eles por mim e por ti.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 18
|
||
\v 1 Naquela hora os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: Ora, quem é o maior no Reino dos céus?
|
||
\v 2 Então Jesus chamou a si uma criança, e a pôs no meio deles,
|
||
\v 3 e disse: Em verdade vos digo, que se vós não converterdes, e fordes como crianças, de maneira nenhuma entrareis no Reino dos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Assim, qualquer um que for humilde como esta criança, este é o maior no reino dos céus.
|
||
\v 5 E qualquer um que receber a uma criança como esta em meu nome, recebe a mim.
|
||
\v 6 Mas qualquer um que conduzir ao escândalo a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma grande pedra de moinho lhe fosse pendurada ao pescoço, e se afundasse no fundo do mar.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Ai do mundo por causa dos escândalos! Pois é necessário que os escândalos venham, mas ai da pessoa por quem o escândalo vem!
|
||
\v 8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te conduz ao escândalo, corta-os, e lança-os de ti; melhor te é entrar aleijado ou manco na vida do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E se o teu olho te conduz ao escândalo, arranca-o, e lança-o de ti. Melhor te é entrar com um olho na vida do que, tendo dois olhos, ser lançado no inferno de fogo.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Olhai para que não desprezeis a algum destes pequeninos; porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face do meu Pai, que está nos céus.
|
||
\v 11 ---
|
||
\s5
|
||
\v 12 Que vos parece? Se alguém tivesse cem ovelhas, e uma delas se desviasse, por acaso não iria ele pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da desviada?
|
||
\v 13 E se acontecesse de achá-la, em verdade vos digo que ele se alegra mais daquela, do que das noventa e nove que se não desviaram.
|
||
\v 14 Da mesma maneira, não é da vontade do vosso Pai, que está nos céus, que um sequer destes pequeninos se perca.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Porém, se teu irmão pecar, vai repreendê-lo entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste o teu irmão.
|
||
\v 16 Mas se não ouvir, toma ainda contigo um ou dois, para que toda palavra se confirme pela boca de duas ou três testemunhas.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E se não lhes der ouvidos, comunica à igreja; e se também não der ouvidos à igreja, considera-o como gentio e cobrador de impostos.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Em verdade vos digo que tudo o que vós ligardes na terra será ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
|
||
\v 19 E digo-vos tambémem verdade que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
|
||
\v 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Então Pedro aproximou-se, e perguntou-lhe: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
|
||
\v 22 Jesus lhe respondeu: Eu não te digo até sete, mas sim até setenta vezes sete.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Por isso o Reino dos céus é comparável a um certo rei, que quis fazer acerto de contas com os seus servos.
|
||
\v 24 E começando a fazer acerto de contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
|
||
\v 25 Como ele não tinha com que pagar, o seu senhor mandou que ele, sua mulher, filhos, e tudo quanto tinha fossem vendidos para se fazer o pagamento.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Então aquele servo caiu e ficou prostrado diante dele, dizendo: “Tem paciência comigo, e tudo te pagarei”.
|
||
\v 27 O senhor daquele servo compadeceu-se dele, então o soltou e lhe perdoou a dívida.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Todavia, depois daquele servo sair, achou um servo, colega seu, que lhe devia cem denários; então o agarrou e o sufocou, dizendo: “Paga o que me deves!”
|
||
\v 29 Então o seu colega se prostrou, e lhe suplicou, dizendo: “Tem paciência comigo, e tudo te pagarei”.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Mas ele não quis. Em vez disso foi lançá-lo na prisão até que pagasse a dívida.
|
||
\v 31 Quando os servos, colegas dele, viram o que se passava, entristeceram-se muito. Então vieram denunciar ao seu senhor tudo o que havia se passado.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Assim o seu senhor o chamou, e lhe disse: “Servo mau! Toda aquela dívida te perdoei, porque me suplicaste.
|
||
\v 33 Não tinhas tu a obrigação de ter tido misericórdia do sevo colega teu, assim como eu tive misericórdia de ti?”
|
||
\s5
|
||
\v 34 E, enfurecido, o seu senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo o que lhe devia.
|
||
\v 35 Assim também meu Pai celestial vos fará, se não perdoardes de coração cada um ao seu irmão.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 19
|
||
\v 1 E aconteceu que, quando Jesus acabou estas palavras, partiu da Galileia, e veio para a região da Judeia, além do Jordão.
|
||
\v 2 E muitas multidões o seguiram, e ele os curou ali.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Então uns fariseus se aproximaram dele e, provando-o, perguntaram: É lícito se divorciar da sua mulher por qualquer causa?
|
||
\v 4 Porém ele respondeu: Não tendes lido que aquele que os criou no princípio, macho e fêmea os fez,
|
||
\s5
|
||
\v 5 e disse: Portanto o homem deixará pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e os dois serão uma única carne?
|
||
\v 6 Assim eles já não são mais dois, mas sim uma única carne; portanto, o que Deus juntou, o ser humano não separe.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Eles lhe disseram: Por que, pois, Moisés mandou lhe dar carta de separação, e divorciar-se?
|
||
\v 8 Jesus lhes disse: Por causa da dureza dos vossos corações Moisés vos permitiu divorciardes de vossas mulheres; mas no princípio não foi assim.
|
||
\v 9 Porém eu vos digo que qualquer um que se divorciar de sua mulher, a não ser por causa de pecado sexual, e se casar com outra, adultera.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Os discípulos lhe disseram: Se assim é a condição do homem com a mulher, não convém se casar.
|
||
\v 11 Porém ele lhes disse: Nem todos recebem esta palavra, a não ser aqueles a quem é dado;
|
||
\v 12 Pois há castrados que nasceram assim do ventre da mãe; e há castrados que foram castrados pelos homens; e há castrados que castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isto, receba.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Então lhe trouxeram crianças, para que pusesse as mãos sobre elas e orasse, mas os discípulos os repreendiam.
|
||
\v 14 Mas Jesus disse: Deixai as crianças, e não as impeçais de vir a mim, porque delas é o Reino dos céus.
|
||
\v 15 Ele pôs as mãos sobre elas, e depois partiu-se dali.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E eis que alguém se aproximou-se dele, e perguntou: Bom Mestre, que bem farei para eu ter a vida eterna?
|
||
\v 17 E ele lhe disse: Por que me perguntas sobre o que é bom? Somente um é bom: Deus. Porém se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Perguntou-lhe ele: Quais? E Jesus respondeu: Não cometerás homicídio, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho;
|
||
\v 19 honra pai e mãe; e amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
|
||
\s5
|
||
\v 20 O rapaz lhe disse: Tenho guardado tudo isso. Que me falta ainda?
|
||
\v 21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser completo, vai, vende o que tens, e dá aos pobres. Assim terás um tesouro no céu. Então vem, segue-me.
|
||
\v 22 Mas quando o rapaz ouviu esta palavra, foi embora triste, porque tinha muitos bens.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Jesus, então, disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que dificilmente o rico entrará no reino dos céus.
|
||
\v 24 Aliás, eu vos digo que é mais fácil um camelo entrar pela abertura de uma agulha do que o rico entrar no reino de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Quando os discípulos ouviram isso, espantaram-se muito, e disseram: Quem, pois, pode se salvar?
|
||
\v 26 Jesus olhou para eles, e lhes respondeu: Para os seres humanos, isto é impossível; mas para Deus tudo é possível.
|
||
\v 27 Então Pedro se pôs a falar, e lhe perguntou: Eis que deixamos tudo, e te seguimos; o que, pois, conseguiremos ter?
|
||
\s5
|
||
\v 28 E Jesus lhes disse: Em verdade vos digo que vós que me seguistes, na regeneração, quando o Filho do homem se sentar no trono de sua glória, vós também vos sentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E qualquer um que houver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna.
|
||
\v 30 Porém muitos primeiros serão últimos; e últimos, primeiros.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 20
|
||
\v 1 Pois o reino dos céus é semelhante a um homem, dono de propriedade, que saiu de madrugada para empregar trabalhadores para a sua vinha.
|
||
\v 2 Ele entrou em acordo com os trabalhadores por um denário ao dia, e os mandou à sua vinha.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E quando saiu perto da hora terceira, viu outros que estavam desocupados na praça.
|
||
\v 4 Então disse-lhes: “Ide vós também à vinha, e vos darei o que for justo”. E eles foram.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Saindo novamente perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.
|
||
\v 6 E quando saiu perto da décima primeira hora, achou outros que ali estavam, e lhes perguntou: “Por que estais aqui o dia todo desocupados?”
|
||
\v 7 Eles lhe disseram: “Porque ninguém nos empregou”. Ele lhes respondeu: “Ide vós também à vinha”.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E chegando o anoitecer, o senhor da vinha disse ao seu mordomo: “Chama aos trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando dos últimos, até os primeiros”.
|
||
\v 9 Então vieram os de cerca da hora décima primeira, e receberam um denário cada um.
|
||
\v 10 Quando os primeiros vieram, pensavam que receberiam mais; porém eles também receberam um denário cada um.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Assim, ao receberem, murmuraram contra o chefe de casa,
|
||
\v 12 dizendo: “Estes últimos trabalharam uma única hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a carga e o calor do dia”.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Ele, porém, respondeu a um deles: “Amigo, nada de errado estou fazendo contigo. Não concordaste tu comigo por um denário?
|
||
\v 14 Toma o que é teu, e vai embora; e quero dar a este último tanto quanto a ti.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Acaso não me é lícito fazer do que é meu o que eu quiser? Ou o teu olho é mau, porque eu sou bom?”
|
||
\v 16 Assim os últimos serão primeiros; e os primeiros, últimos.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E quando Jesus estava para subir a Jerusalém, tomou consigo os doze discípulos à parte, e no caminho lhes disse:
|
||
\v 18 Eis que estamos subindo a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos escribas, e o condenarão à morte.
|
||
\v 19 E o entregarão aos gentios, para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem; mas ao terceiro dia será ressuscitado.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos. Ela o adorou para lhe pedir algo.
|
||
\v 21 E ele lhe perguntou: O que queres? Ela lhe disse: Dá ordem para que estes meus dois filhos se sentem, um à direita e outro à esquerda, no teu Reino.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Porém Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu beberei? Eles lhe disseram: Podemos.
|
||
\v 23 E ele lhes disse: De fato meu cálice bebereis; mas sentar-se à minha direita, e à minha esquerda, não me cabe concedê-lo, mas será para os que por meu Pai está preparado.
|
||
\v 24 E quando os dez ouviram isso, indignaram-se contra os dois irmãos.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Então Jesus os chamou a si, e disse: Vós bem sabeis que os chefes dos gentios os dominam, e os grandes usam de autoridade sobre eles.
|
||
\v 26 Mas não é assim entre vós. Ao contrário, quem quiser se tornar grande entre vós será o vosso assistente;
|
||
\v 27 e quem quiser ser o primeiro entre vós será o vosso servo;
|
||
\v 28 assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas sim para servir, e para dar a sua vida em resgate por muitos.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Quando eles saíram de Jericó, uma grande multidão o seguiu.
|
||
\v 30 E eis que dois cegos assentados junto ao caminho, ao ouvirem que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
|
||
\v 31 E a multidão os repreendia, para que se calassem, mas eles clamavam ainda mais: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
|
||
\s5
|
||
\v 32 Então Jesus parou, chamou-os, e perguntou: Que quereis que eu vos faça?
|
||
\v 33 Eles lhe responderam: Senhor, que nossos olhos sejam abertos.
|
||
\v 34 E Jesus, compadecido deles, tocou-lhes os olhos. E logo os olhos deles enxergaram, e o seguiram.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 21
|
||
\v 1 E quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, então Jesus mandou dois discípulos, dizendo-lhes:
|
||
\v 2 Ide à aldeia em vossa frente, e logo achareis uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela; desamarra-a, e trazei-os a mim.
|
||
\v 3 E se alguém vos disser algo, direis: “O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá”.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Ora, isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que disse:
|
||
\v 5 Dizei à filha de Sião: “Eis que o teu rei vem a ti, manso, e sentado sobre um jumento; um jumentinho, filho de uma animal de carga”.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Os discípulos foram, e fizeram como Jesus havia lhes mandado;
|
||
\v 7 Então trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram as capas sobre eles, e ele montou sobre elas.
|
||
\v 8 E uma grande multidão estendia suas roupas pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E as multidões que iam adiante dele, e as que seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem no nome do Senhor! Hosana nas alturas!
|
||
\v 10 Enquanto ele entrava em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, perguntando: Quem é este?
|
||
\v 11 E as multidões respondiam: Este é o Profeta Jesus, de Nazaré de Galileia.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Jesus entrou no Templo; então expulsou todos os que estavam vendendo e comprando no Templo, e virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.
|
||
\v 13 E disse-lhes: Está escrito: “Minha casa será chamada casa de oração”; mas vós a tornais em covil de ladrões!
|
||
\v 14 E cegos e mancos vieram a ele no Templo, e ele os curou.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Quando os chefes dos sacerdotes e os escribas viram as maravilhas que ele fazia, e as crianças gritando no Templo: “Hosana ao Filho de Davi!”, eles ficaram indignados.
|
||
\v 16 E perguntaram-lhe: Ouves o que estas crianças dizem? E Jesus lhes respondeu: Sim. Nunca lestes: “Da boca das crianças e dos bebês providenciaste o louvor?”
|
||
\v 17 Então ele os deixou, e saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E pela manhã, enquanto voltava para a cidade, teve fome.
|
||
\v 19 Quando ele viu uma figueira perto do caminho, veio a ela, mas nada nela achou, a não ser somente folhas. E disse-lhe: Nunca de ti nasça fruto, jamais! E imediatamente a figueira se secou.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Os discípulos viram, e ficaram maravilhados, dizendo: Como a figueira se secou de imediato?
|
||
\v 21 Porém Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo: se tiverdes fé, e não duvidardes, vós não somente fareis isto à figueira, mas até se disserdes a este monte: “Levanta-te, e lança-te no mar”, isso se fará.
|
||
\v 22 E tudo o que pedirdes em oração, crendo, recebereis.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Depois de entrar no templo, quando ele estava ensinando, os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo se aproximaram dele, perguntando: Com que autoridade fazes isto? E quem te deu esta autoridade?
|
||
\v 24 Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta. Se vós a responderdes a mim, também eu vos responderei com que autoridade faço isto.
|
||
\s5
|
||
\v 25 De onde era o batismo de João? Do céu, ou dos seres humanos? E eles pensaram entre si mesmos, dizendo: Se dissermos: “Do céu”, ele nos dirá: “Por que, então, não crestes nele?
|
||
\v 26 Mas se dissermos: “Dos seres humanos”, temos medo da multidão, pois todos consideram João como profeta.
|
||
\v 27 Então responderam a Jesus: Não sabemos. E ele lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, disse: “Filho, vai hoje trabalhar na minha vinha.”
|
||
\v 29 Porém ele respondeu: “Eu vou, senhor”, mas não foi.
|
||
\v 30 E, aproximando-se do segundo, disse da mesma maneira. E ele respondeu: “Não quero”; mas depois se arrependeu, e foi.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Eles lhe responderam: O segundo. Jesus lhes disse: Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas estão indo adiante de vós ao Reino de Deus.
|
||
\v 32 Pois João veio a vós mesmos no caminho de justiça, mas não crestes nele; enquanto que os cobradores de impostos e as prostitutas nele creram. Vós, porém, mesmo tendo visto isto, nem assim vos arrependestes, a fim de nele crer.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Ouvi outra parábola. Havia um homem, dono de uma propriedade. Ele plantou uma vinha, cercou- a, fundou nela um lagar, e construiu uma torre. Depois a arrendou a uns lavradores, e partiu-se para um lugar distante.
|
||
\v 34 Quando chegou o tempo dos frutos, enviou seus servos aos lavradores, para receberem os frutos que a ele pertenciam.
|
||
\s5
|
||
\v 35 Mas os lavradores tomaram os seus servos, e feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.
|
||
\v 36 Outra vez enviou outros servos, em maior número que os primeiros, mas fizeram-lhes o mesmo.
|
||
\v 37 E por último lhes enviou o seu filho, dizendo: “Respeitarão ao meu filho”.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Mas quando os lavradores viram o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro. Venhamos matá-lo, e tomemos a sua herança”.
|
||
\v 39 Então o agarraram, lançaram-no para fora da vinha, e o mataram.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Ora, quando o senhor da vinha chegar, o que fará com aqueles lavradores?
|
||
\v 41 Eles lhe responderam: Aos maus dará uma morte má, e arrendará a vinha a outros lavradores, que lhe deem os frutos em seus tempos de colheita.
|
||
\s5
|
||
\v 42 Jesus lhes disse: Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa se tornou cabeça da esquina. Isto foi feito pelo Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos”?
|
||
\s5
|
||
\v 43 Portanto eu vos digo que o reino de Deus será tirado de vós, e será dado a um povo que produza os frutos dele.
|
||
\v 44 E quem cair sobre esta pedra será quebrado; mas sobre quem ela cair, ela o tornará em pó.
|
||
\s5
|
||
\v 45 Quando os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram estas suas parábolas, entenderam que Jesus estava falando deles.
|
||
\v 46 E procuravam prendê-lo, mas temeram as multidões, pois elas o consideravam profeta.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 22
|
||
\v 1 Então Jesus voltou a lhes falar por parábolas, dizendo:
|
||
\v 2 O reino dos céus é semelhante a um rei que fez uma festa de casamento para o seu filho;
|
||
\v 3 e mandou a seus servos que chamassem os convidados para a festa de casamento, mas não quiseram vir.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Outra vez ele mandou outros servos, dizendo: “Dizei aos convidados: ‘Eis que já preparei meu jantar: meus bois e animais cevados já foram mortos, e tudo está pronto. Vinde à festa de casamento’”.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Porém eles não deram importância e foram embora, um ao seu campo, e outro ao seu comércio;
|
||
\v 6 e outros agarraram os servos dele, e os humilharam e os mataram.
|
||
\v 7 O rei Então enviou os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a cidade deles.
|
||
\s5
|
||
\v 8 Em seguida, disse aos seus servos: “Certamente a festa de casamento está pronta, porém os convidados não eram dignos.
|
||
\v 9 Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai à festa de casamento tantos quantos achardes.
|
||
\v 10 Aqueles servos saíram pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos acharam, tanto maus como bons; e a sala da festa de casamento se encheu de convidados.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Mas quando o rei entrou para ver os convidados, percebeu ali um homem que não estava vestido com roupa adequada para a festa de casamento.
|
||
\v 12 Então lhe perguntou: “Amigo, como entraste aqui sem ter roupa para a festa?” E ele emudeceu.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Então o rei disse aos servos: “Amarrai-o nos pés e nas mãos, e lançai-o nas trevas de fora. Ali haverá pranto e o ranger de dentes”.
|
||
\v 14 Pois muitos são chamados, porém poucos escolhidos.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Então os fariseus foram embora, e se reuniram para tramar como o apanhariam em cilada por algo que dissesse.
|
||
\v 16 Depois lhe enviaram seus discípulos, juntamente com os apoiadores de Herodes, e perguntaram: Mestre, bem sabemos que tu és verdadeiro, e que com verdade ensinas o caminho de Deus, e que não te importas com a opinião de ninguém, porque não dás atenção à aparência humana.
|
||
\v 17 Dize-nos, pois, o que te parece: é lícito dar tributo a César, ou não?
|
||
\s5
|
||
\v 18 Mas Jesus, entendendo a sua malícia, disse: Por que me tentais, hipócritas?
|
||
\v 19 Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe trouxeram um denário.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E ele lhes perguntou: De quem é esta imagem, e a inscrição?
|
||
\v 21 Eles responderam: De César. Então ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
|
||
\v 22 Quando ouviram isso, eles ficaram admirados; então o deixaram e se retiraram.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Naquele mesmo dia chegaram a ele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e perguntaram-lhe,
|
||
\v 24 dizendo: Mestre, Moisés disse: Se um homem morrer sem ter filhos, seu irmão se casará com sua mulher, e gerará descendência ao seu irmão.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro se casou, e depois morreu; e sem ter tido filhos, deixou sua mulher ao seu irmão.
|
||
\v 26 E da mesma maneira também foi com o segundo, o terceiro, até os sete.
|
||
\v 27 Por último, depois de todos, a mulher morreu.
|
||
\v 28 Assim, na ressurreição, a mulher será de qual dos sete? Pois todos a tiveram.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus.
|
||
\v 30 Porque na ressurreição, nem se tomam, nem se dão em casamento; mas são como os anjos no céu.
|
||
\s5
|
||
\v 31 E sobre a ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos falou:
|
||
\v 32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Deus não é dos mortos, mas sim dos vivos!
|
||
\v 33 Quando as multidões ouviram isto, ficaram admiradas de sua doutrina.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E os fariseus, ao ouvirem que ele havia feito os saduceus se calarem, reuniram-se.
|
||
\v 35 E um deles, especialista da Lei, tentando-o, perguntou-lhe:
|
||
\v 36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
|
||
\s5
|
||
\v 37 E Jesus lhe respondeu: Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, e com todo o teu entendimento:
|
||
\v 38 este é o grande e primeiro mandamento.
|
||
\s5
|
||
\v 39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
|
||
\v 40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
|
||
\s5
|
||
\v 41 E, estando os fariseus reunidos, Jesus lhes perguntou,
|
||
\v 42 dizendo: Que pensais vós acerca do Cristo? De quem ele é filho? Eles lhe responderam: De Davi.
|
||
\s5
|
||
\v 43 Jesus lhes disse: Como, pois, Davi, em espírito, o chama Senhor, dizendo:
|
||
\v 44 Disse o Senhor a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés”.
|
||
\s5
|
||
\v 45 Ora, se Davi o chama Senhor, como é seu filho?
|
||
\v 46 E ninguém podia lhe responder palavra; nem ninguém ousou desde aquele dia a mais lhe perguntar.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 23
|
||
\v 1 Então Jesus falou às multidões e aos seus discípulos,
|
||
\v 2 dizendo: Os escribas e os fariseus se sentam sobre o assento de Moisés.
|
||
\v 3 Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e guardai. Mas não façais segundo as suas obras, porque eles dizem e não fazem.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Eles amarram cargas pesadas, e as põem sobre os ombros das pessoas; porém eles mesmos nem sequer com o seu dedo as querem mover.
|
||
\v 5 E fazem todas as suas obras a fim de serem vistos pelas pessoas: por isso alargam seus filactérios, e fazem compridas as franjas.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Eles amam os primeiros assentos nas ceias, as primeiras cadeiras nas sinagogas,
|
||
\v 7 as saudações nas praças, e serem chamados: “Rabi” pelas pessoas.
|
||
\s5
|
||
\v 8 Mas vós, não sejais chamados Rabi, porque o vosso Mestre é um: e todos vós sois irmãos.
|
||
\v 9 E não chameis a ninguém na terra vosso pai; porque o vosso Pai é um: aquele que está nos céus.
|
||
\v 10 Nem sejais chamados mestres; porque o vosso mestre é um: o Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Porém o maior de vós será vosso servo.
|
||
\v 12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o Reino dos céus em frente das pessoas; pois nem vós entrais, nem permitis a entrada do que estão para entrar.
|
||
\v 14 ---
|
||
\v 15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque rodeais o mar e a terra para fazerdes um prosélito; e quando é feito, vós o tornais filho do inferno duas vezes mais que a vós.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: “Qualquer um que jurar pelo templo, nada é; mas qualquer um que jurar pelo ouro do templo, devedor é”.
|
||
\v 17 Tolos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo que santificou o ouro?
|
||
\s5
|
||
\v 18 Também dizeis: “Qualquer um que jurar pelo altar, nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre ele, devedor é”.
|
||
\v 19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?
|
||
\s5
|
||
\v 20 Portanto, quem jurar pelo altar, jura por ele, e por tudo o que está sobre ele.
|
||
\v 21 E quem jurar pelo templo, jura por ele, e por aquele que nele habita.
|
||
\v 22 E quem jurar pelo Céu, jura pelo trono de Deus, e por aquele que sobre ele está sentado.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cominho, e desprezais o que é mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia, e a fidelidade; estas coisas devem ser feitas, sem se desprezar as outras.
|
||
\v 24 Guias cegos, que coais um mosquito, e engolis um camelo!
|
||
\s5
|
||
\v 25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do copo ou do prato, mas por dentro estão cheios de extorsão e cobiça.
|
||
\v 26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior deles fique limpo.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres, e de toda imundícia.
|
||
\v 28 Assim também vós, por fora, realmente pareceis justos às pessoas, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de injustiça.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os monumentos dos justos,
|
||
\v 30 e dizeis: “Se estivéssemos nos dias dos nossos pais, nunca teríamos sido cúmplices deles quando derramaram o sangue dos profetas”.
|
||
\v 31 Assim vós mesmos dais testemunho de que sois filhos dos que mataram os profetas.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Completai, pois, a medida de vossos pais.
|
||
\v 33 Serpentes, ninhada de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
|
||
\s5
|
||
\v 34 Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios, e escribas; a uns deles matareis e crucificareis, e a outros deles açoitareis em vossas sinagogas, e perseguireis de cidade em cidade;
|
||
\v 35 para que venha sobre vós todo o sangue justo que foi derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, ao qual matastes entre o templo e o altar.
|
||
\v 36 Em verdade vos digo que tudo isto virá sobre esta geração.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas; porém não quisestes!
|
||
\v 38 Eis que vossa casa vos será deixada.
|
||
\v 39 Pois eu vos digo que a partir de agora não me vereis, até que digais: “Bendito aquele que vem no nome do Senhor”.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 24
|
||
\v 1 Jesus saiu do templo, e se foi. Então seus discípulos se aproximaram dele para lhe mostrarem os edifícios do complexo do templo.
|
||
\v 2 Mas Jesus lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo, que não será deixada aqui pedra sobre pedra, que não seja derrubada.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E, depois de se assentar no monte das Oliveiras, os discípulos se aproximaram dele reservadamente, perguntando: Dize-nos, quando serão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda, e do fim da era?
|
||
\v 4 E Jesus lhes respondeu: Permanecei atentos, para que ninguém vos engane.
|
||
\v 5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e enganarão a muitos.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E ouvireis de guerras, e de rumores de guerras. Olhai que não vos espanteis; porque é necessário, que isto aconteça, mas ainda não é o fim.
|
||
\v 7 Pois se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes, e terremotos em diversos lugares.
|
||
\v 8 Mas todas estas coisas são o começo das dores.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Então vos entregarão para serdes afligidos, e vos matarão; e sereis odiados por todas as nações, por causa de meu nome.
|
||
\v 10 E muitos se tornarão infiéis; e trairão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.
|
||
\v 11 E muitos falsos profetas se levantarão, e enganarão a muitos.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E, por se multiplicar a injustiça, o amor de muitos se esfriará.
|
||
\v 13 Mas o que perseverar até o fim, esse será salvo.
|
||
\v 14 E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Portanto, quando virdes que a abominação da desolação, dita pelo profeta Daniel, está no lugar santo, (quem lê, entenda),
|
||
\v 16 então os que estiveram na Judeia fujam para os montes;
|
||
\v 17 o que estiver no sobre o telhado não desça para tirar as coisas de sua casa;
|
||
\v 18 e o que estiver no campo não volte atrás para tomar a sua capa.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
|
||
\v 20 Orai, porém, para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.
|
||
\v 21 Pois haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.
|
||
\v 22 E se aqueles dias não fossem encurtados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão encurtados.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Então, se alguém vos disser: “Olha o Cristo aqui”, ou “ Olha ele ali”, não creiais,
|
||
\v 24 pois se levantarão falsos cristos e falsos profetas; e farão tão grandes sinais e prodígios que, se fosse possível, enganariam até os escolhidos.
|
||
\v 25 Eis que eu tenho vos dito com antecedência.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Portanto, se vos disserem: “Eis que ele está no deserto”, não saiais; “Eis que ele está em um recinto”, não creiais.
|
||
\v 27 Porque, assim como o relâmpago, que sai do oriente, e aparece até o ocidente, assim também será a vinda do Filho do homem.
|
||
\v 28 Onde estiver o cadáver, ali se ajuntarão os abutres.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu brilho, as estrelas cairão do céu, e as forças dos céus se estremecerão.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem. Naquela hora todas as tribos da terra lamentarão, e verão ao Filho do homem, que vem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
|
||
\v 31 E enviará os seus anjos com grande trombeta, e ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade à outra dos céus.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Aprendei a parábola da figueira: “Quando os seus ramos já ficam verdes, e as folhas brotam, sabeis que o verão está perto”.
|
||
\v 33 Assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que já está perto, às portas.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Em verdade vos digo que esta geração não passará, até que todas estas coisas aconteçam.
|
||
\v 35 O céu e a terra passarão, mas minhas palavras de maneira nenhuma passarão.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Porém daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, a não ser meu Pai somente.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Assim como foram os dias de Noé, assim também será a vinda do Filho do homem.
|
||
\v 38 Pois, assim como naqueles dias antes do dilúvio comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca;
|
||
\v 39 e não sabiam, até que veio o dilúvio, e levou todos, assim também será a vinda do Filho do homem.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Naquela hora dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado.
|
||
\v 41 Duas estarão moendo em um moinho; uma será tomada, e a outra será deixada.
|
||
\v 42 Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia o vosso Senhor virá.
|
||
\s5
|
||
\v 43 Porém sabei isto: se o dono de casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, vigiaria, e não deixaria invadir a sua casa.
|
||
\v 44 Portanto também vós estai prontos, porque o Filho do homem virá na hora que não esperais.
|
||
\s5
|
||
\v 45 Pois quem é o servo fiel e prudente, ao qual o seu senhor pôs sobre os seus trabalhadores, para lhes dar alimento no tempo devido?
|
||
\v 46 Feliz será aquele servo a quem, quando o seu senhor vier, achar fazendo assim.
|
||
\v 47 Em verdade vos digo que ele o porá sobre todos os seus bens.
|
||
\s5
|
||
\v 48 Porém se aquele servo mau disser em seu coração: “Meu senhor está demorando”,
|
||
\v 49 e começar a espancar os servos companheiros seus, e a comer, e a beber com os beberrões,
|
||
\v 50 o senhor daquele servo chegará num dia que ele não espera, e numa hora que ele não sabe,
|
||
\v 51 e o despedaçará, e porá sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 25
|
||
\v 1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que tomaram suas lâmpadas, e saíram ao encontro do noivo.
|
||
\v 2 E cinco delas eram tolas, e cinco prudentes.
|
||
\v 3 As tolas, quando tomaram as lâmpadas, não tomaram azeite consigo.
|
||
\v 4 Mas as prudentes tomaram azeite nos frascos, com as suas lâmpadas.
|
||
\s5
|
||
\v 5 O noivo demorou, por isso todas cochilaram e adormeceram.
|
||
\v 6 Mas à meia-noite houve um grito: “Eis o noivo! Ide ao seu encontro!”.
|
||
\s5
|
||
\v 7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam suas lâmpadas.
|
||
\v 8 E as tolas disseram às prudentes: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando”.
|
||
\v 9 Mas as prudentes responderam: “ Não, para que não falte a nós e a vós; em vez disso, ide aos vendedores, e comprai para vós mesmas”.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Enquanto elas foram comprar, veio o noivo. As que estavam preparadas entraram com ele à festa do casamento, e fechou-se a porta.
|
||
\v 11 Depois vieram também as outras virgens, dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos!”
|
||
\v 12 Mas ele respondeu: “Em verdade vos digo que não vos conheço”.
|
||
\v 13 Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Pois é como um homem, que partindo-se para fora do país, chamou seus servos, e lhes entregou os seus bens.
|
||
\v 15 E a um deu cinco talentos, a outro dois, e ao terceiro um, a cada um conforme a sua habilidade, e depois partiu em viagem.
|
||
\v 16 Logo em seguida, o que havia recebido cinco talentos foi fazer negócios com eles, e ganhou outros cinco.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E, semelhantemente, o que havia recebido dois ganhou também outros dois.
|
||
\v 18 Mas o que tinha recebido um foi cavar a terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Muito tempo depois, o senhor daqueles servos veio, e fez contas com eles.
|
||
\v 20 O que havia recebido cinco talentos chegou lhe trazendo outros cinco talentos, e disse: ”Senhor, cinco talentos me entregaste, eis que ganhei com eles outros cinco talentos”.
|
||
\v 21 E o seu senhor lhe disse: “ Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te porei; entra na alegria do teu senhor”.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E chegando-se também o que havia recebido dois talentos, disse: “Senhor, dois talentos me entregaste, eis que ganhei com eles outros dois talentos”.
|
||
\v 23 Seu senhor lhe disse: “ Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te porei; entra na alegria do teu senhor”.
|
||
\s5
|
||
\v 24 Mas, chegando também o que havia recebido um talento, disse: “Senhor, eu te conhecia, que és homem duro, que colhes onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste;
|
||
\v 25 E eu, atemorizado, fui e escondi o teu talento na terra; eis aqui tens o que é teu”.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Porém seu senhor lhe respondeu: “Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei, e ajunto onde não espalhei.
|
||
\v 27 Devias, portanto, ter depositado o meu dinheiro como os banqueiros e, quando eu voltasse, receberia o que é meu com juros.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Por isso, tirai dele o talento, e dai-o ao que tem dez talentos”.
|
||
\v 29 Pois a todo aquele que tiver, lhe será dado, e terá em abundância; porém ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.
|
||
\v 30 “E lançai o servo inútil às trevas de fora (ali haverá pranto e ranger de dentes)”.
|
||
\s5
|
||
\v 31 E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então ele se assentará sobre o trono de sua glória.
|
||
\v 32 E serão ajuntadas diante dele todas as nações, e separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas dos bodes.
|
||
\v 33 E porá as ovelhas à sua direita, porém os bodes à esquerda.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Então o Rei dirá o rei aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai! Herdai o Reino que está preparado para vós desde a fundação do mundo.
|
||
\v 35 Pois tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; fui forasteiro, e me acolhestes;
|
||
\v 36 estive nu, e me vestistes; estive doente, e cuidastes de mim; estive na prisão, e me visitastes”.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Então os justos lhe perguntarão: “Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer, ou com sede, e te demos de beber?
|
||
\v 38 E quando te vimos forasteiro, e te acolhemos, ou nu, e te vestimos?
|
||
\v 39 E quando te vimos doente, ou na prisão, e viemos te visitar?”
|
||
\v 40 E o Rei lhes responderá: “Em verdade vos digo que, todas as vezes que fizestes a um destes menores dos meus irmãos, fizestes a mim”.
|
||
\s5
|
||
\v 41 Então dirá também aos que estiverem à esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, ao fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos.
|
||
\v 42 Pois tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber.
|
||
\v 43 Fui forasteiro, e não me acolhestes; estive nu, e não me vestistes; estive doente, e na prisão, e não me visitastes.
|
||
\s5
|
||
\v 44 Então também eles perguntarão: “Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te servimos?”
|
||
\v 45 Então ele lhes responderá, dizendo: “Em verdade vos digo que, todas as vezes que não fizestes a um destes menores, não fizestes a mim”.
|
||
\v 46 E estes irão ao tormento eterno, porém os justos à vida eterna.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 26
|
||
\v 1 E aconteceu que, quando Jesus terminou todas estas palavras, disse aos seus discípulos:
|
||
\v 2 Vós bem sabeis que daqui a dois dias é a Páscoa, e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Então os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram na casa do sumo sacerdote, que se chamava Caifás.
|
||
\v 4 E conversaram a fim de, usando mentira, prenderem Jesus, e o matarem.
|
||
\v 5 Porém diziam: Não na festa, para que não haja tumulto entre o povo.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Enquanto Jesus estava em Betânia, na casa de Simão o leproso,
|
||
\v 7 veio a ele uma mulher com um vaso de alabastro, de óleo perfumado de grande valor, e derramou sobre a cabeça dele, enquanto estava sentado à mesa.
|
||
\v 8 E quando os discípulos viram, ficaram indignados, dizendo: Para que este desperdício?
|
||
\v 9 Pois isso podia ter sido vendido por muito, e o dinheiro dado aos pobres.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Porém Jesus, sabendo disso, disse-lhes: Por que perturbais a esta mulher? Ora, ela me fez uma boa obra!
|
||
\v 11 Pois vós sempre tendes os pobres convosco, porém nem sempre me tereis.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Pois ela, ao derramar este óleo perfumado sobre o meu corpo, ela o fez para preparar o meu sepultamento.
|
||
\v 13 Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho em todo o mundo for pregado, também se dirá o que ela fez, para que seja lembrada.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi aos chefes dos sacerdotes,
|
||
\v 15 e disse: O que quereis me dar, para que eu o entregue a vós? E eles lhe determinaram trinta moedas de prata.
|
||
\v 16 E desde então ele buscava oportunidade para o entregar.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E no primeiro dia da festa dos pães sem fermento, os discípulos vieram a Jesus perguntar: Onde queres que te preparemos para comer a Páscoa?
|
||
\v 18 E ele respondeu: Ide à cidade a um tal, e dizei-lhe: “O Mestre diz: ‘Meu tempo está perto. Contigo celebrarei a Páscoa com os meus discípulos’”.
|
||
\v 19 Os discípulos fizeram como Jesus havia lhes mandado, e prepararam a Páscoa.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E vindo o anoitecer, ele se assentou à mesa com os doze discípulos.
|
||
\v 21 E enquanto comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá.
|
||
\v 22 Eles ficaram muito tristes, e cada um começou a lhe perguntar: Por acaso sou eu, Senhor?
|
||
\s5
|
||
\v 23 E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá.
|
||
\v 24 De fato, o Filho do homem vai assim como dele está escrito; mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria a tal homem se não houvesse nascido.
|
||
\v 25 E Judas, o que o traía, perguntou: Por acaso sou eu, Rabi? Jesus lhe disse: Tu o disseste.
|
||
\s5
|
||
\v 26 E enquanto comiam, Jesus tomou o pão, abençoou-o, e o partiu. Então o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Em seguida tomou um cálice, deu graças, e o deu a eles, dizendo: Bebei dele todos,
|
||
\v 28 porque este é o meu sangue, o sangue do testamento, o qual é derramado por muitos, para o perdão de pecados.
|
||
\v 29 E eu vos digo que desde agora não beberei deste fruto da vide, até aquele dia, quando convosco o beber, novo, no reino do meu Pai.
|
||
\s5
|
||
\v 30 E depois de cantarem um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
|
||
\v 31 Então Jesus lhes disse: Todos vós vos falhareis em serdes fiéis a mim esta noite; porque está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersas”.
|
||
\v 32 Mas, depois que eu for ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Pedro, porém, respondeu-lhe: Ainda que todos falhem contigo, eu nunca falharei em minha fidelidade.
|
||
\v 34 Jesus lhe disse: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes do galo cantar, tu me negarás três vezes.
|
||
\v 35 Pedro lhe respondeu: Ainda que eu tenha de morrer contigo, em nenhuma maneira te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
|
||
\s5
|
||
\v 36 Então Jesus veio com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Ficai sentados aqui, enquanto eu vou ali orar.
|
||
\v 37 Enquanto trazia consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, ele começou a se entristecer e a se angustiar muito.
|
||
\v 38 Então lhes disse: Minha alma está completamente triste até a morte. Ficai aqui, e vigiai comigo.
|
||
\s5
|
||
\v 39 E indo um pouco mais adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando, e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; porém, não seja como eu quero, mas sim como tu queres.
|
||
\v 40 Então voltou aos seus discípulos, e os encontrou dormindo; e disse a Pedro: Então, nem sequer uma hora pudestes vigiar comigo?
|
||
\v 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. De fato, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
|
||
\s5
|
||
\v 42 Ele foi orar pela segunda vez, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
|
||
\v 43 Quando voltou outra vez, achou-os dormindo, pois os seus olhos estavam pesados.
|
||
\v 44 Então os deixou, e foi orar pela terceira vez, dizendo novamente as mesmas palavras.
|
||
\s5
|
||
\v 45 Depois veio aos discípulos, e disse-lhes: Agora dormi e descansai. Eis que chegou a hora em que o Filho do homem é entregue em mãos de pecadores.
|
||
\v 46 Levantai-vos, vamos! Eis que chegou o que me trai.
|
||
\s5
|
||
\v 47 Enquanto ele ainda estava falando, eis que veio Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão, com espadas e bastões, da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo.
|
||
\v 48 O seu traidor havia lhes dado sinal, dizendo: Aquele a quem eu beijar, é esse. Prendei-o.
|
||
\s5
|
||
\v 49 Logo ele se aproximou de Jesus, e disse: Felicitações, Rabi! e o beijou.
|
||
\v 50 Jesus, porém, lhe perguntou: Amigo, para que vieste? Então chegaram, agarraram Jesus, e o prenderam.
|
||
\s5
|
||
\v 51 E eis que um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou de sua espada, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha.
|
||
\v 52 Jesus, então, lhe disse: Põe de volta tua espada ao seu lugar, pois todos os que pegarem espada, pela espada perecerão.
|
||
\v 53 Ou, por acaso, pensas tu que eu não posso orar ao meu Pai, e ele me daria agora mais de doze legiões de anjos?
|
||
\v 54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras que dizem que assim tem que ser feito?
|
||
\s5
|
||
\v 55 Naquela hora Jesus disse às multidões: Como a um ladrão saístes com espadas e bastões para me prender? Todo dia eu me sentava, ensinando no templo, e não me prendestes.
|
||
\v 56 Porém tudo isto aconteceu para que as Escrituras dos profetas se cumpram. Então todos os discípulos o abandonaram, e fugiram.
|
||
\s5
|
||
\v 57 Os que prenderam Jesus o trouxeram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.
|
||
\v 58 E Pedro o seguia de longe, até o pátio do sumo sacerdote; e entrou, e se assentou com os servos, para ver o fim.
|
||
\s5
|
||
\v 59 Os chefes dos sacerdotes e todo o conselho buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem matá-lo,
|
||
\v 60 mas não encontravam, ainda que muitas falsas testemunhas se apresentavam.
|
||
\v 61 Mas, por fim, vieram duas falsas testemunhas, que disseram: Este disse: “Posso derrubar o Templo de Deus e reconstruí-lo em três dias”.
|
||
\s5
|
||
\v 62 Então o sumo sacerdote se levantou, e lhe perguntou: Não respondes nada ao que eles testemunham contra ti?
|
||
\v 63 Porém Jesus ficava calado. Então o sumo sacerdote lhe disse: Ordeno-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
|
||
\v 64 Jesus lhe disse: Tu o disseste. Porém eu vos digo que, desde agora, vereis o Filho do homem, sentado à direita do Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.
|
||
\s5
|
||
\v 65 Então o sumo sacerdote rasgou suas roupas, e disse: Ele blasfemou! Para que necessitamos mais de testemunhas? Eis que agora ouvistes a blasfêmia.
|
||
\v 66 Que vos parece? E eles responderam: Culpado de morte ele é.
|
||
\s5
|
||
\v 67 Então lhe cuspiram no rosto, e lhe deram socos.
|
||
\v 68 Outros lhe deram bofetadas, e diziam: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é o que te feriu?
|
||
\s5
|
||
\v 69 Pedro estava sentado fora no pátio. Uma serva aproximou-se dele, e disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu.
|
||
\v 70 Mas ele o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
|
||
\s5
|
||
\v 71 E quando ele saiu em direção à entrada, outra o viu, e disse aos que ali estavam: Também este estava com Jesus, o nazareno.
|
||
\v 72 E ele o negou outra vez com um juramento: Não conheço esse homem.
|
||
\s5
|
||
\v 73 Pouco depois, os que ali estavam se aproximaram, e disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és um deles, pois a tua fala te denuncia.
|
||
\v 74 Então ele começou a amaldiçoar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente o galo cantou.
|
||
\v 75 Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus dissera: Antes do galo cantar, tu me negarás três vezes. Assim ele saiu, e chorou amargamente.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 27
|
||
\v 1 Vinda a manhã, todos os chefes dos sacerdotes e anciãos do povo juntamente se aconselharam contra Jesus, para o matarem.
|
||
\v 2 E o levaram amarrado, e o entregaram a Pilatos, o governador.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Então Judas, o que o havia traído, ao ver que Jesus já estava condenado, devolveu, sentindo remorso, as trinta moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos;
|
||
\v 4 e disse: Pequei, traindo sangue inocente. Porém eles disseram: Que nos interessa? Isso é problema teu!
|
||
\v 5 Então ele lançou as moedas de prata no templo, saiu, e foi enforcar-se.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Os chefes dos sacerdotes tomaram as moedas de prata, e disseram: Não é lícito pô-las no tesouro das ofertas, pois isto é preço de sangue.
|
||
\v 7 Então juntamente se aconselharam, e compraram com elas o campo do oleiro, para ser cemitério dos estrangeiros.
|
||
\v 8 Por isso aquele campo tem sido chamado campo de sangue até hoje.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que disse: Tomaram as trinta moedas de prata, preço avaliado pelos filhos de Israel, o qual eles avaliaram;
|
||
\v 10 e as deram pelo campo do oleiro, conforme o que o Senhor me mandou.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Jesus esteve diante do governador, e o governador lhe perguntou: És tu o Rei dos Judeus? E Jesus respondeu: Tu o dizes.
|
||
\v 12 E, sendo ele foi acusado pelos chefes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
|
||
\v 13 Pilatos, então, lhe disse: Não ouves quantas coisas estão testemunhando contra ti?
|
||
\v 14 Mas Jesus não lhe respondeu uma só palavra, de maneira que o governador ficou muito maravilhado.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Na festa o governador costuma soltar um preso ao povo, qualquer um que quisessem.
|
||
\v 16 E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Quando, pois, se ajuntaram, Pilatos lhes perguntou: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, que é chamado Cristo?
|
||
\v 18 Pois ele sabia que foi por inveja que o entregaram.
|
||
\v 19 E, enquanto ele estava sentado no assento de juiz, sua mulher lhe enviou a seguinte mensagem: Nada faças com aquele justo, pois hoje sofri muito em sonhos por causa dele.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Mas os chefes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram as multidões a pedirem Barrabás, e a exigirem a morte de Jesus.
|
||
\v 21 O governador lhes perguntou: Qual destes dois quereis que vos solte? E responderam: Barrabás!
|
||
\v 22 Pilatos lhes disse: Que, pois, farei de Jesus, que é chamado Cristo? Todos disseram: Seja crucificado!
|
||
\s5
|
||
\v 23 E o governador perguntou: Ora, que mal ele fez? Porém gritavam mais: Seja crucificado!
|
||
\v 24 Quando, pois, Pilatos viu que nada adiantava, em vez disso se fazia mais tumulto, ele pegou água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: Estou inocente do sangue dele. A responsabilidade é vossa.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E todo o povo respondeu: O sangue dele venha sobre nós, e sobre os nossos filhos.
|
||
\v 26 Então soltou-lhes Barrabás, enquanto que mandou açoitar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Em seguida, os soldados do governador levaram Jesus consigo ao pretório, ajuntaram-se a ele toda a unidade militar.
|
||
\v 28 Eles o despiram e o cobriram com um manto vermelho.
|
||
\v 29 E, depois de tecerem uma coroa de espinhos, puseram-na sobre a sua cabeça, e uma cana em sua mão direita. Em seguida, puseram-se de joelhos diante dele, zombando-o, e diziam: Felicitações, Rei dos Judeus!
|
||
\s5
|
||
\v 30 E cuspiram nele, tomaram a cana, e deram-lhe golpes na cabeça.
|
||
\v 31 Depois de terem o zombado, despiram-lhe a capa, vestiram-no com suas roupas, e o levaram para crucificar.
|
||
\s5
|
||
\v 32 Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, por nome Simão; e obrigaram-no a levar sua cruz.
|
||
\v 33 E quando chegaram ao lugar chamado Gólgota, que significa “o lugar da caveira”,
|
||
\v 34 deram-lhe de beber vinho misturado com fel. E, depois de provar, não quis beber.
|
||
\s5
|
||
\v 35 E havendo-o crucificado, repartiram suas roupas, lançando sortes.
|
||
\v 36 Então se sentaram, e ali o vigiavam.
|
||
\v 37 E puseram, por cima de sua cabeça, sua acusação escrita: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Então foram crucificados com ele dois criminosos, um à direita, e outro à esquerda.
|
||
\v 39 Os que passavam blasfemavam dele, balançando suas cabeças,
|
||
\v 40 e dizendo: Tu, que derrubas o Templo, e em três dias o reconstróis, salva a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da cruz.
|
||
\s5
|
||
\v 41 E da mesma maneira também os chefes dos sacerdotes, com os escribas e os anciãos, escarnecendo dele, diziam:
|
||
\v 42 Salvou outros, a si mesmo não pode salvar. Ele é Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele.
|
||
\s5
|
||
\v 43 Confiou em Deus, livre-o agora, se lhe quer bem; pois disse: “Sou Filho de Deus”.
|
||
\v 44 E os ladrões que estavam crucificados com ele também lhe insultavam.
|
||
\s5
|
||
\v 45 Desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.
|
||
\v 46 E perto da hora nona, Jesus gritou em alta voz: Eli, Eli, lemá sabactâni?, Isto é: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?
|
||
\v 47 E alguns dos que ali estavam, quando ouviram, disseram: Ele está chamando Elias.
|
||
\s5
|
||
\v 48 Logo um deles correu e tomou uma esponja. Então a encheu de vinagre, colocou-a em uma cana, e lhe dava de beber.
|
||
\v 49 Porém os outros disseram: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
|
||
\v 50 Jesus gritou outra vez em alta voz, e entregou o espírito.
|
||
\s5
|
||
\v 51 E eis que o véu do Templo se rasgou em dois, de cima até embaixo, a terra tremeu, e as pedras se fenderam.
|
||
\v 52 Os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham morrido foram ressuscitados.
|
||
\v 53 E, depois de ressuscitarem, saíram dos sepulcros, vieram à santa cidade, e apareceram a muitos.
|
||
\s5
|
||
\v 54 E o centurião, e os que com ele vigiavam Jesus, ao verem o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram muito medo, e disseram: Verdadeiramente ele era Filho de Deus.
|
||
\v 55 Muitas mulheres, que desde a Galileia haviam seguido Jesus, e o serviam, estavam ali, olhando de longe.
|
||
\v 56 Entre elas estavam Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
|
||
\s5
|
||
\v 57 E chegado o entardecer, veio um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.
|
||
\v 58 Ele chegou a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue.
|
||
\s5
|
||
\v 59 José tomou o corpo, e o envolveu em um lençol limpo, de linho fino,
|
||
\v 60 e o pôs em seu sepulcro novo, que tinha escavado numa rocha; em seguida rolou uma grande pedra à porta do sepulcro, e foi embora.
|
||
\v 61 E ali estavam Maria Madalena e a outra Maria, sentadas de frente ao sepulcro.
|
||
\s5
|
||
\v 62 No dia seguinte, que é o depois da preparação, os chefes dos sacerdotes, e os fariseus se reuniram com Pilatos,
|
||
\v 63 e disseram: Senhor, nos lembramos que aquele enganador, enquanto ainda vivia, disse: “Depois de três dias serei ressuscitado”.
|
||
\v 64 Portanto, manda que o sepulcro esteja em segurança até o terceiro dia, para que não aconteça dos os discípulos virem, e o furtem, e digam ao povo que ele ressuscitou dos mortos; e assim o último engano será pior que o primeiro.
|
||
\s5
|
||
\v 65 Pilatos lhes disse: Vós tendes uma guarda. Ide fazer segurança como o entendeis.
|
||
\v 66 E eles se foram, e fizeram segurança no sepulcro com a guarda, selando a pedra.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 28
|
||
\v 1 No fim do sábado, quando já começava a clarear para o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria vieram ver o sepulcro.
|
||
\v 2 E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou, e moveu a pedra, e ficou sentado sobre ela.
|
||
\s5
|
||
\v 3 A aparência dele era como um relâmpago, e sua roupa branca como neve.
|
||
\v 4 E de medo dele os guardas tremeram muito, e ficaram como mortos.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Mas o anjo disse às mulheres: Não vos atemorizeis, pois eu sei que buscais Jesus, o que foi crucificado.
|
||
\v 6 Ele não está aqui, pois já ressuscitou, como ele disse. Vinde ver o lugar onde ele jazia.
|
||
\v 7 Ide depressa dizer aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que eu tenho vos dito.
|
||
\s5
|
||
\v 8 Então elas saíram apressadamente do sepulcro, com temor e grande alegria, e correram para anunciar aos seus discípulos.
|
||
\v 9 E eis que Jesus veio ao encontro delas, e disse: Saudações. Elas se aproximaram, pegaram os pés dele, e o adoraram.
|
||
\v 10 Jesus, então, lhes disse: Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos para eles irem à Galileia, e ali me verão.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Enquanto elas iam, eis que alguns da guarda vieram à cidade, e anunciaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido.
|
||
\v 12 Então eles se reuniram com os anciãos, depois de decidirem em conjunto, deram muito dinheiro aos soldados,
|
||
\v 13 dizendo: Falai: “Os discípulos dele vieram de noite, e o furtaram enquanto estávamos dormindo”.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E, se isto for ouvido pelo governador, nós o persuadiremos, e vos manteremos seguros.
|
||
\v 15 Eles tomaram o dinheiro e fizeram como foram instruídos. E este dito foi divulgado entre os judeus até hoje.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Os onze discípulos se foram para a Galileia, ao monte onde Jesus havia lhes ordenado.
|
||
\v 17 E quando o viram, o adoraram; porém alguns duvidaram.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Jesus se aproximou deles, e lhes falou: Todo o poder me é dado no céu e na terra.
|
||
\v 19 Portanto ide, fazei discípulos a todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo,
|
||
\s5
|
||
\v 20 ensinando-lhes a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos. |